Israel e Hamas entraram em acordo para estender a pausa nos combates na Faixa de Gaza por dois dias, anunciou nesta segunda-feira (27) o Catar, país responsável pela mediação das negociações entre as partes do conflito ao lado do Egito.
A extensão da pausa prevê que mais reféns em poder do grupo Hamas serão libertados em troca de prisioneiros palestinos mantidos por Israel. O acordo prevê que a pausa pode ser estendida da seguinte forma: para cada 10 reféns adicionais libertados pelo Hamas, Israel passaria mais um dia sem atacar Gaza.
A extensão da pausa nos combates também permite que mais ajuda humanitária possa entrar na Faixa de Gaza e cidadãos de outros países consigam deixar a região do conflito para serem repatriados.
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Na manhã desta segunda, os dois lados do front expressaram disposição em prorrogar a pausa humanitária. Michael Herzog, embaixador israelense nos Estados Unidos, disse que se o Hamas tiver a intenção de libertar mais reféns, “então a pausa será prorrogada”. O Hamas declarou, em postagem na rede social Telegram, que está disposto a uma extensão para “aumentar o número de pessoas libertadas da prisão”.
Houve também uma ênfase crescente da comunidade internacional pela prorrogação do cessar-fogo na Faixa de Gaza.
“Meu objetivo é garantir que esta pausa continue além de amanhã (segunda, 27) para que possamos ver mais reféns liberados e mais ajuda humanitária”, afirmou neste domingo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Nesta segunda, o apelo ganhou eco nas vozes de Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan, a aliança militar ocidental, e Josep Borrell, chefe de relações exteriores da União Europeia, entre outras autoridades envolvidas nas discussões.
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Porém, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mostrou mais uma vez ambiguidade após uma conversa com Joe Biden. “Os dispositivos preveem a libertação de mais 10 reféns a cada dia e é uma bênção. Mas também disse ao presidente que depois do acordo, voltaremos ao nosso objetivo: eliminar o Hamas”. Nesta segunda, ele deve solicitar um “orçamento de guerra” de 30 bilhões de shekels (R$ 39 bilhões).
Edição: Leandro Melito