Manifestações em solidariedade à Palestina e exigindo o fim dos ataques de Israel contra a Faixa de Gaza levaram centenas de milhares às ruas em ao menos 16 países neste sábado (28). Protestos aconteceram na Inglaterra, País de Gales, França, Turquia, África do Sul, Malásia, Japão, Índia, Itália, Irlanda, Estados Unidos, Paquistão, Indonésia, Austrália, Iraque e na própria Cisjordânia.
As mobilizações acontecem no dia em que a Faixa de Gaza, além de sofrer a incursão militar terrestre de Israel, está sendo atingida pela pior sequência de bombardeios desde o início dos ataques israelenses no território palestino em 7 de outubro.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou à emissora israelense Kan 11 que “esta noite a terra em Gaza tremeu”. Segundo o Ministério da Saúde palestino, o número de mortos passa de 7.300, sendo 3.000 crianças.
Em Istambul, um ato reuniu, segundo o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, cerca de 1,5 milhão de pessoas. Para a multidão com bandeiras da Turquia e da Palestina, Erdogan discursou que “o Ocidente é responsável pelos massacres em Gaza. Israel é apenas um peão que seria sacrificado quando quiserem e não sobrevive nem três dias sem apoio do Ocidente”.
Turkey protesting for their brothers & sisters of gaza ❤️#starlinkforgaza #FreePalestine #Gaza_Genocide #CeasefireNOW #AUSvsNZ #ElonMuskpic.twitter.com/wDpGIvRjom
— M Usman Khan (@ImMUsmanKhan_) October 28, 2023
Na Inglaterra, protestos aconteceram em Londres, Derby e Manchester, se opondo à posição do primeiro-ministro Rishi Sunak que apoiou publicamente o que considera um “direito de autodefesa” de Israel. Cerca de 100 mil pessoas marcharam na capital inglesa exigindo o “fim do genocídio” e a interrupção do apoio militar britânico à Israel.
The disparity between political will and the people's will in the UK is truly astonishing.
— Ahmed Alnaouq (@AlnaouqA) October 28, 2023
Today, all of London stands in solidarity with Palestine. 🇵🇸✊
#FreePalestine pic.twitter.com/5w8GIRLNzH
Na Malásia, em frente à embaixada estadunidense na cidade de Kuala Lampur, o protesto também reuniu uma multidão.
Hello world. This is Malaysia.#FreePalestine pic.twitter.com/jkrDr0WAp3
— Iqu-zo!🇲🇾🇵🇸 (@Faiqueee) October 28, 2023
Atos aconteceram em Cork, o segundo maior município da Irlanda; em Roma e Livorno, na Itália; e em Islamabad, no Paquistão. “Tem um sonho maior do que ir para casa? Não há paz sem justiça, não há justiça sem retorno”, dizia um cartaz erguido em uma marcha em Capetown, na África do Sul.
Centenas de milhares de pessoas também tomaram as ruas de Aurangabad, na Índia.
Huge Demonstration in #Aurangabad Maharashtra, India on the call of SIO @sioindia in solidarity with #Palestine and stand against the apartheid State of #Israel and it's allies.#IndiaWithPalestine #FreePalestine #Gaza #PalestineWillBeFree #غزة_الآن #الإجتياح_البري pic.twitter.com/Coa0Q82oh9
— Naved Sheikh (@navedns1) October 28, 2023
Palestinos fizeram um protesto em Hebron, na Cisjordânia ocupada por Israel, onde pediram o fortalecimento do boicote global aos produtos israelenses e as empresas que apoiam o estado sionista.
Nos Estados Unidos, dez dias depois de ocupar o Capitólio sob o mote “não em nosso nome”, centenas de judeus tomaram a estação de trem e metrô de Nova Iorque durante a hora do rush, na noite desta sexta-feira (27). Cerca de 300 foram detidos. Denunciando o papel do governo estadunidense na colonização israelense sobre o território palestino, os protestantes demandam o fim imediato dos ataques.
Edição: Vivian Virissimo