Os ataques israelenses mataram pelo menos 3 mil crianças em território palestino, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Ao todos 7.028 pessoas foram mortas e 18.400 ficaram feridas em decorrência dos bombardeios. Do lado israelense o total de vítimas fatais é estimado em 1.400 e mais de 5.400 pessoas ficaram feridas.
As Forças de Defesa de Israel afirmam ter realizado um “ataque direcionado” no norte da Faixa de Gaza durante a noite desta quarta-feira (25), que seria parte dos preparativos para as “próximas fases do combate”. À medida que crescem os apelos por um cessar-fogo e também as estatísticas de fatalidades, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que Israel está se preparando para a incursão terrestre, mas se recusou a dar detalhes sobre quando e como seria realizada.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na quarta-feira que desconfia dos números de mortos e feridos que o Hamas apresenta. Em resposta, o Ministério da Saúde de Gaza apelou a todas as instituições para reverem o seu fluxo de trabalho, de modo que “o mundo saiba que por trás de cada número anunciado, está a história de uma pessoa cujo nome e identidade são conhecidos”.
Osama Hamdan, membro do comitê político do Hamas questionou o número de vítimas divulgados por Israel, que deixou de divulgar os nomes das vítimas. "Se continuassem a dizer os nomes todo mundo da comunidade internacional descobriria que mais de 80% dos mortos eram militares em serviço. Então você pode checar os demais, se estavam na reserva. Nós só nos concentramos em soldados e nos colonizadores", disse em entrevista a Breno Altman, editor do site Opera Mundi na quarta.
"Os ataques foram cometidos contra soldados do exército, a brigada de Gaza. Eles listaram cerca de 600 nomes. Destes, 310 de soldados israelenses e oficiais, 76 de policiais, 32 de guardas dos assentamentos. Portanto, mais de 400 dos alvos eram militares."
Nesta quinta, Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA, agência da ONU para refugiados palestinos na região, alertou que, apesar dos alertas de evacuação de Israel, “nenhum lugar é seguro em Gaza”, com muitos moradores incapazes de se mover e enfrentando a ameaça de ataques aéreos no território palestino sitiado. Em artigo publicado na imprensa britânica, escreveu que “o inferno está se instalando”.
A UNRWA disse que teve de reduzir as operações humanitárias por falta de combustível, cuja entrada em Gaza Israel bloqueou nas últimas duas semanas. A agência abriga mais de 600 mil pessoas deslocadas nas suas escolas e instalações em Gaza.
Com informações do Washington Post e The Times of Israel.
Edição: Leandro Melito