A campanha contra a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Metrô e Companhia Paulista Metropolitana de Trens (CPTM) divulgou o mapa de pontos de votação do plebiscito popular organizado por sindicatos dos trabalhadores das estatais que buscar ouvir a opinião da população sobre a venda das empresas à iniciativa privada.
Ao todo, são 80 pontos de votação distribuídos pelo estado de São Paulo, em sedes de sindicatos, ocupações, pontos culturais, ocupações e praças. Para escolher o local mais próximo, o cidadão pode escolher no mapa interativo lançado pela campanha, clicando aqui.
Em conjunto com o plebiscito, os trabalhadores também lançaram um abaixo-assinado online para facilitar a participação da população - clique aqui para acessar.
A proposta de privatização da Sabesp foi enviada por Freitas à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) no dia 17 de outubro, em caráter de urgência, para que a tramitação da matéria seja mais rápida.
No caso da CPTM e do Metrô, o governo de São Paulo encomendou estudos de privatização de algumas linhas. Nas três situações, não há previsão de diálogo com a população sobre o interesse dos paulistas na entrega dos serviços de transporte e fornecimento de água à iniciativa privada.
A campanha foi lançada no dia 5 de setembro, em ato realizado pelas categorias na quadra do Sindicato dos Bancários, em São Paulo. Desde então, a luta dos trabalhadores se ampliou e inclui uma greve conjunta das três categorias, no dia 3 de outubro.
Também no dia 12, trabalhadores da Sabesp, CPTM e Metrô fizeram uma greve relâmpago. Na última terça-feira (24), o Metrô demitiu cinco trabalhadores e aplicou suspensão a outros quatro por conta da paralisação. Em reação às demissões, uma assembleia emergencial da categoria foi convocada para esta quarta-feira, às 18h, e será discutida a possibilidade de nova greve na próxima semana.
Helena Maria da Silva, vice-presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema), avalia que "o plebiscito tem sido uma arma muito poderosa. A gente tem ido às comunidades, conversado com a sociedade e tido muita adesão ao nosso plebiscito. É uma oportunidade de fazermos uma discussão com a população e explicar a problemática que a privatização de um serviço tão essencial vai causar para a população, especialmente a periférica".
Edição: Nicolau Soares