Tragédia

Mais de 340 mil palestinos deixaram suas casas em Gaza, afirma ONU

Ao todo, 2.617 pessoas morreram desde sábado (7), 1.417 palestinos e 1.200 israelenses

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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"Ajuda humanitária a Gaza? nenhum hidrante será aberto e nenhum caminhão de combustível entrará até que os reféns retornem para casa", prometeu ministro israelense - Mohammed Abed/AFP

Levantamento feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) revelou que 340 mil palestinos foram obrigados a abandonar suas casas em Gaza desde que Israel começou a bombardear a região Desses, 220 mil estão abrigados em 92 escolas que estão funcionando como abrigos do órgão internacional.

A atualização dos dados do confronto, feita nesta quinta-feira (12), pelos governos de Israel e Palestina, mostra que o número de mortos chegou a 2.617. Sendo 1.417 palestinos e 1.200 israelenses.

Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, chegou nesta quinta-feira (12) em Israel e já se reuniu com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O governo dos EUA também entregou a primeira remessa de ajuda militar aos israelenses, com mísseis e armas.

Após o encontro com Blinken, Netanyahu indicou que deve manter os ataques violentos a Palestina na Faixa de Gaza. “O Hamas é o Estado Islâmico, e da forma que o Estado Islâmico foi liquidado, o Hamas também deverá será liquidado.”

O ministro da Energia de Israel, Israel Katz, foi mais duro e sinalizou que o governo de Netanyahu deve seguir punindo civis palestinos para tentar chegar até o Hamas. “Ajuda humanitária a Gaza? Nenhum interruptor elétrico será retirado, nenhum hidrante será aberto e nenhum caminhão de combustível entrará até que os reféns retornem para casa”, disse ele. 

A ONU havia alertado nos últimos dias que atingir indiscriminadamente civis poderia configurar crimes de  guerra. 

Outro vizinho árabe de Israel, a Síria afirmou que mísseis israelenses atingiram os aeroportos de Damasco e Alepo, duas das principais cidades do país. De acordo com a agência de notícias Reuters, os ataques seriam para interromper as linhas de abastecimento iranianas para a Síria.

 

Edição: Rodrigo Durão Coelho