O presidente russo, Vladimir Putin, voltou a comentar a crise no Oriente Médio nesta quarta-feira (11), destacando que a criação de um Estado da Palestina soberano é questão política fundamental para resolver o conflito.
De acordo com ele, a posição da Rússia sobre a Palestina e Israel é bem conhecida pelas partes: "Somos a favor da implementação das decisões da ONU e da criação de um Estado palestino", disse Putin durante uma sessão plenária do fórum internacional "Semana da Energia Russa" que acontece na capital do país, Moscou.
O presidente russo observou que a posição da Rússia não foi adotada hoje "em conexão com estes trágicos acontecimentos, ela se desenvolveu ao longo de décadas".
"E esta posição é bem conhecida tanto pelo lado israelense como pelos nossos amigos na Palestina. Nós sempre defendemos a implementação das decisões do Conselho de Segurança da ONU, referindo-se principalmente à criação de um Estado palestino independente e soberano", afirmou Vladimir Putin.
Ele observou que, quando foi tomada a decisão de criar o Estado de Israel, decidiu-se simultaneamente criar um segundo Estado. inicialmente tratava-se da criação de dois Estados soberanos independentes - Israel e Palestina.
"Bem, Israel foi criado, como se sabe, mas a Palestina como Estado, independente, soberano, nunca foi criada, não ocorreu. Devido a uma variedade de circunstâncias. Agora não vou entrar em detalhes", disse Putin.
"Além disso, parte das terras que os palestinos sempre consideraram primordialmente palestinas são ocupadas por Israel – em momentos diferentes e de maneiras diferentes, mas principalmente, é claro, com a ajuda da força militar", acrescentou o presidente russo.
Na última terça-feira (10), Putin discutiu o conflito no Oriente Médio com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. Em conversa telefônica, os líderes concordaram que a solução pacífica entre Israel e Palestina só seria possível com a criação de um Estado palestino independente dentro das fronteiras de 1967, seguindo a resolução adotada pelo Conselho de Segurança da ONU.
Assim que a crise no Oriente Médio se agravou com os ataques sem precedentes do grupo Hamas contra Israel no último sábado (7), o presidente turco se colocou como um possível mediador, se dispondo a "mediar e promover o diálogo entre Israel e o Hamas, incluindo sobre uma troca de prisioneiros".
Edição: Rodrigo Durão Coelho