O estado da Paraíba registrou cinco casos de feminicídio no período de apenas quatro dias. Os assassinatos ocorreram nas cidades de João Pessoa, Bayeux, Guarabira e Mamanguape.
O primeiro deles foi registrado na última sexta-feira (6), quando uma mulher não identificada foi morta a tiros no bairro de Paratibe, zona sul de João Pessoa. O suspeito foi preso após apresentar diversas versões conflitantes em seu depoimento.
:: Senado aprova projeto que cria benefício para órfãos do feminicídio; texto vai à sanção presidencial ::
No sábado (7), uma mulher de 53 anos foi brutalmente assassinada com golpes de faca pelo próprio marido no bairro de Mangabeira, também em João Pessoa. O agressor, que confessou o crime, já cumpria pena em regime semiaberto por outro homicídio.
No domingo (8), a cidade de Bayeux testemunhou outro episódio de violência de gênero, quando Lidijane Maria da Conceição, 41 anos, foi morta com um tiro na cabeça. O suspeito, seu companheiro Marcos Antônio Alves Veras de Lima, foi preso após uma discussão que culminou na tragédia.
A segunda-feira (9) foi marcada por mais dois casos. Uma mulher de 31 anos, Márcia Freire de Andrade, grávida do sexto filho, foi morta a golpes de faca pelo esposo, Natalino da Silva de Oliveira, que já tinha sido condenado a seis anos de prisão por tentativa de feminicídio anterior. Após o crime, ele tentou tirar a própria vida e foi levado sob custódia para o Hospital Regional de Guarabira.
Ainda na segunda-feira (9), uma outra mulher foi morta no turno da tarde. A vítima era natural de Guarabira, no Brejo do estado, e foi assassinada com golpes de faca peixeira pelo ex-esposo. Os dois estavam em processo de separação.
:: Justiça define que réu por assassinato da militante Débora Moraes do MAB vai a juri popular ::
Sinais de violência doméstica
A delegada Sileide Azevedo, responsável pela coordenação das Delegacias da Mulher, destacou a importância de se reconhecer os sinais de violência doméstica que precedem os feminicídios, como ofensas verbais, ameaças e agressões menores. Ela enfatizou o compromisso da Polícia Civil em investigar esses casos e a intenção do estado de expandir as unidades especializadas para proteger as mulheres.
Em meio a essa onda de violência de gênero, a sociedade e as autoridades estão em alerta máximo. Denúncias de estupros, tentativas de feminicídio, feminicídios e outros tipos de violência contra a mulher devem ser feitas por meio de números 197 (Disque Denúncia da Polícia Civil), 180 (Central de Atendimento à Mulher) e 190 (Disque Denúncia da Polícia Militar em casos de emergência).
O aplicativo SOS Mulher PB está disponível para denúncias via telefone, formulário e e-mail, encaminhando as informações diretamente ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, responsável por providenciar as investigações.
Fonte: BdF Paraíba
Edição: Cida Alves