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Defesa de Mauro Cid pede liberdade provisória após demonstrar intenção de delação premiada

A colaboração deve implicar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em mais de um esquema de crimes

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Mauro Cid está preso preventivamente desde 3 de maio deste ano no Batalhão do Exército de Brasília - Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Após assinar um termo de intenção de delação premiada, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, entrou com um pedido de liberdade provisória no Supremo Tribunal Federal (STF).

A solicitação está em análise pelo ministro Alexandre de Moraes, que é relator nos inquéritos em que Mauro Cid é alvo. Se concedida, a liberdade provisória deve se estender até o final do julgamento. 

Pouco antes, a defesa de Mauro Cid enviou um termo de intenção de delação premiada ao STF. Agora, o parecer sobre a proposta de delação deve ser feito pelo Ministério Público Federal e, em seguida, aceito ou não pelo ministro Alexandre de Moraes. As informações são do portal G1, apuradas pelas jornalistas Camila Bomfim e Andreia Sadi.

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A delação premiada envolve não somente depoimentos, mas a apresentação de provas que pesam contra o ex-ajudante de ordens e terceiros. Se o acordo for homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, Mauro Cid será obrigado a renunciar ao direito ao silêncio nos próximos depoimentos.  

Sua colaboração deve envolver diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro em mais de um esquema de crimes: o transporte e a venda ilegal de presentes recebidos de delegações estrangeiras, como as joias sauditas; fraude em cartões de vacinação; invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto; e a tentativa de golpe de Estado. 

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Mauro Cid está preso preventivamente desde 3 de maio deste ano no Batalhão do Exército de Brasília suspeito de fraudar carteiras de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sua filha, Laura Bolsonaro, para a inserção de doses de covid-19 nos registros. A Polícia Federal (PF), na ocasião da Operação Venire, apreendeu o celular do tenente-coronel, onde encontrou indícios de outros crimes. 

Além de mensagens trocadas entre oficiais do Exército e reservistas sobre o papel das Forças Armadas contra o resultado das eleições presidenciais do ano passado, foi encontrada a minuta de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que poderia embasar um golpe de Estado. 

Edição: Geisa Marques