Terminou sem acordo a reunião organizada pelo Grupo de Trabalho dos Aplicativos do Ministério do Trabalho e Emprego para debater a remuneração dos entregadores, realizada nesta quarta-feira (29). A categoria aprovou, então, um indicativo de greve nacional para o dia 12 de setembro, caso não haja consenso até lá.
"A Mobitec ofereceu uma proposta de 12 reais a hora e nós recusamos. A gente achou que ele chegariam com uma proposta mais séria", afirmou Jr. Freitas, entregador que participa do GT em nome da Aliança Nacional dos Entregadores (Anea).
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Os trabalhadores afirmam que a proposta não detalha os custos envolvidos na prestação do serviço de entrega e que não há menção aos períodos "ociosos", aqueles em que os entregadores aguardam para serem alocados em uma entrega.
A Federação Brasileira dos Motociclistas Profissionais (Febramoto) publicou em seu site uma nota com o chamamento para a greve. Nela, afirmam que não houve nenhum avanço desde o início das negociações.
"As associações que representam as empresas de aplicativos estão de brincadeira e não mostrando um pingo de preocupação pelas dificuldades e necessidades que os entregadores estão passando. Já são 120 dias de negociação e até aqui, sem nenhum avanço", diz o texto.
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De acordo com a Febramoto, a greve tem adesão de centrais sindicais e diversas associações de motociclistas, entre elas UGT, Força Sindical, CUT, CSB, NCST, CTB, Conselho Nacional dos Sindicatos de Motoboys e Motoentregadores, Frente Nacional dos Mototaxistas do Brasil, Febramoto, Fenamoto, Fenordeste, Fetramoto e a Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos.
Edição: Thalita Pires