A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) realiza nesta sexta-feira (25), a partir das 17 horas, em sua sede, no centro do Rio de Janeiro, um debate sobre a proteção da liberdade de imprensa no contexto internacional com a leitura do documento do Caso Assange encaminhado para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Logo em seguida, às 18h, a ABI irá receberá, para um ato-entrevista, John Shipton, pai de Julian Assange. O debate e o ato acontecem na Rua Araújo Porto Alegre, 71, Centro.
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A apresentação do caso Assange no sistema interamericano das Organizações dos Estados Americanos (OEA) conta com a participação de Carlos Nicodemos, advogado da ABI, membro do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e presidente da Comissão de Direito Internacional da OAB/RJ.
Também participam Octávio Costa, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI); Carmen Diniz, coordenadora do Capítulo Brasil do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos; e Amando de Souza, diretor Secretário de Relações Institucionais do Instituto dos Advogados Brasileiros.
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Considerando o compromisso assumido pelos Estados Unidos diante da OEA e a possível condenação pela justiça estadunidense de Julian Assange – entendida como uma grave violação à liberdade de expressão e de imprensa –, a ABI submeteu um Informe à Comissão Interamericana solicitando que a mesma apresentasse uma nota pública de repúdio ao pedido de extradição do ativista, afirmando o total apoio à liberdade de Assange, como meio de garantia e respeito aos direitos humanos e a democracia nas Américas.
"Cabe ressaltar que a eminente extradição com a possível condenação por crimes de espionagem nos Estados Unidos deve ser considerada como uma grave afronta aos direitos humanos e à democracia, especialmente, no que tange a liberdade de expressão e de imprensa", diz o informe assinado por Carlos Nicodemos.
Há quatro anos, Assange está preso em Londres, aguardando uma possível extradição para os EUA, onde pode ser condenado a uma pena de até 175 anos de prisão. Em 2010, ele publicou cerca de 250 mil arquivos, entre fotos, vídeos e documentos do Pentágono, que mostraram crimes de guerra cometidos pelos militares estadunidenses e práticas de tortura contra detentos da prisão de Guantánamo, base militar dos Estados Unidos em Cuba. Saiba mais sobre o caso.
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Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Eduardo Miranda