Começa nesta terça-feira (8) a Cúpula da Amazônia, encontro de chefes de Estado dos oito países amazônicos para debater medidas de proteção do bioma. O evento vai até esta quarta-feira (9).
Além de Lula (PT), estão em Belém (PA) os presidentes da Bolívia, Colômbia, Guiana, do Peru e da Venezuela. Equador e Suriname optaram por enviar representantes.
Do encontro resultará a Declaração de Belém, um documento conjunto que estipulará compromissos socioambientais para os Estados-membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), além de estabelecer medidas para o fortalecimento institucional da OTCA. O documento deverá ser divulgado nesta terça-feira (8).
O consenso entre os países deverá ser evitar o "ponto de não retorno" da Amazônia – quando o bioma estará tão degradado que não terá mais condições de se regenerar.
Outro ponto que deve constar da declaração final é a institucionalização do Parlamento Amazônico, que já vem se reunindo desde 2020.
:: Cúpula da Amazônia: como os povos serão representados e por que os indígenas estão insatisfeitos ::
O tratado internacional deve deixar de fora pontos sensíveis aos movimentos sociais que compareceram aos Diálogos Amazônicos, evento que precedeu a Cúpula, também realizado em Belém. Entre eles, a exploração de combustíveis fósseis, que causam o aquecimento global, e a demarcação de terras indígenas, tópicos que dividem os países membros da OTCA.
A Cúpula da Amazônia termina na quarta-feira (9), quando os chefes de Estado encontram mandatários e representantes de países em desenvolvimento com florestas tropicais de outras regiões do mundo. Entre eles estão a República Democrática do Congo, República do Congo, Indonésia, além de São Vicente e Granadinas, país do Caribe que preside a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Nas reuniões, o Itamaraty pretende explorar convergências e começar a construir posições que poderão ser objeto de acordos multilaterais, como a COP-28.
Edição: Rodrigo Chagas