Uma operação policial que está acontecendo na Vila Cruzeiro, localizada no Complexo da Penha, zona norte do Rio de Janeiro, deixou ao menos 10 pessoas mortas e outras quatro feridas até o fim da manhã desta quarta-feira (2). Desde a madrugada há relatos de intenso tiroteios na comunidade.
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A polícia justifica que a ação tem o objetivo de localizar e prender integrantes de facções criminosas, após monitoramento do Setor de Inteligência indicar que ocorreria uma reunião de lideranças de grupos de criminosos na região. A Vila Cruzeiro já teve uma das operações mais letais da história do Rio de Janeiro com 25 mortos em maio de 2022.
Durante o confronto nesta quarta (2), um policial militar foi atingido e levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas (HGV), na Penha. Em seguida, ele foi transferido para o Hospital Central da Polícia Militar (HCPM). O estado de saúde do PM é considerado estável.
Segundo a Polícia Militar, 11 pessoas baleadas são suspeitas de participar da troca de tiros. Nove deles não resistiram aos ferimentos. Outras duas vítimas ainda não identificadas teriam sido socorridas por moradores.
Agentes do Comando de Operações Especiais (COE), através do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil ainda realizam a operação na comunidade. Nas redes sociais, moradores registram a presença de veículos e helicópteros blindados.
Segundo nota da Secretaria de Estado de Polícia Militar enviada ao Brasil de Fato, dois mortos foram identificados como sendo Fiel e Du Leme, lideranças das comunidades do Juramento e da Chatuba, respectivamente. Até o momento, sete fuzis, munições e granadas foram apreendidos.
Devido o ponto facultativo decretado no estado por causa do jogo da seleção feminina na Copa do Mundo, escolas da rede estadual não abriram nesta manhã. Já a Secretaria Municipal de Educação informou ao jornal O Globo que 16 escolas foram impactadas com a ação policial, afetando 3.220 alunos. As unidades de saúde da região ficaram abertas, mas as atividades externas foram suspensas.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Clívia Mesquita