Na manhã desta quinta-feira (13), cerca de 70 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) sofreram despejo do acampamento Celina Cunha. Desde 05 de fevereiro, essas famílias ocupavam a Fazenda São Jorge às margens da BA-250, no município de Jaguaquara, região da Chapada Diamantina (BA).
O MST explicou, em nota, que, quando foi ocupada, a fazenda estava abandonada, sem exercer qualquer tipo de atividade econômica ou uso, “descumprindo o dever constitucional e legal da função social da terra, estabelecido pela Constituição Federal de 1988”. Desde então, as famílias organizadas no local haviam construídos barracos de lona para moradia e iniciaram os plantios de alimentos para consumo do acampamento e para comercialização.
Sem aviso prévio, as famílias foram surpreendidas nesta manhã com a chegada de policiais fortemente armados e tratores, que foram utilizados para derrubar barracos e destruir roças. A polícia militar informou às famílias que cumpria mandado de reintegração de posse.
Até o momento, as pessoas que foram desalojadas se encontram às margens da BA-250. Ainda em nota, o MST reafirmou que a luta das famílias sem terra “é justa, em defesa da vida, moradia, alimentação saudável e dignidade de quem vive no campo”.
O Brasil de Fato entrou em contato com o INCRA na Bahia para saber se há algum diálogo em andamento com as famílias. Até o momento do fechamento desta matéria, ainda não havíamos recebido resposta.
Fonte: BdF Bahia
Edição: Gabriela Amorim