Guerra

Estados Unidos fornecerão arma proibida por mais de 100 países à Ucrânia

Bombas de fragmentação são banidas por convenção internacional e colocam em risco vidas civis

Rio de Janeiro |

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O presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, participam de uma coletiva de imprensa em Kiev em 20 de fevereiro de 2023. - Dimitar Dilkoff / AFP

O presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou o fornecimento de bombas de fragmentação, também conhecidas como bombas cluster, para a Ucrânia. Oficialmente, isso será anunciado na sexta-feira (7), segundo vários meios de comunicação mundiais, citando representantes do Pentágono.

Segundo informações divulgadas pela agência AFP, o acordo prevê o fornecimento de milhares de projéteis dos estoques do próprio Departamento de Defesa dos Estados Unidos, no valor de até US$ 800 milhões.

A Ucrânia vem solicitando o fornecimento deste tipo de armamento aos Estados Unidos desde dezembro de 2022, alegando que a Rússia também faz uso das munições cluster contra os ucranianos no campo de batalha.

Em junho, a porta-voz do Pentágono, Laura Cooper, em discurso ao Congresso, afirmou que "em termos de eficácia no campo de batalha, acreditamos que isso [o uso de munições cluster pela Ucrânia] seria útil".

A administração Biden vinha hesitando durante meses em relação à transferência de munições cluster para a Ucrânia, considerando que há uma convenção internacional assinada por mais de 100 países que proíbe o seu uso, embora os próprios EUA, Rússia e Ucrânia não sejam signatários do documento.

As munições cluster geralmente liberam um grande número de pequenas submunições explosivas que se espalham por uma ampla área, colocando em risco a vida de civis.

Eles são especialmente perigosos quando usados ​​em áreas densamente povoadas, mas podem ameaçar a vida de civis por muitos anos após o fim da guerra, permanecendo intactos devido ao alto índice de falhas.

Edição: Thales Schmidt