O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, encontrou nesta segunda-feira (19) o presidente da China, Xi Jinping, em meio às tentativas de diminuir as tensões entre as duas potências.
De acordo com comunicado da chancelaria chinesa, Xi afirmou a Blinken que o mundo precisa de uma relação "geralmente estável" entre China e EUA. "Se os dois países podem encontrar o caminho certo para se dar bem, isso depende do futuro e do destino da humanidade. O planeta Terra é grande o suficiente para acomodar o respectivo desenvolvimento e prosperidade comum da China e dos Estados Unidos", diz o comunicado.
O jornal britânico Financial Times publicou que Xi disse para Blinken, durante reunião no Grande Salão do Povo, que os dois países "avançaram e chegaram a um acordo sobre algumas questões específicas".
O texto do governo chinês ainda afirma que Blinken negou apoio à "independência de Taiwan", enquanto o comunicado do governo dos EUA destaca que a Casa Branca defende a paz no estreito de Taiwan e não teve nenhuma mudança em relação à sua política de reconhecer "Uma só China".
Os Estados Unidos vendem armas para Taiwan e sustentam uma relação política com lideranças da ilha, uma postura que é criticada pelas autoridades chinesas.
Pequim considera Taiwan como parte da China, enquanto o país insular de 23 milhões de pessoas se auto intitula independente.
O principal diplomata dos EUA tinha viagem prevista para Pequim no início do ano, mas a agenda foi cancelada após a Casa Branca acusar um balão chinês de espionagem. O ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, chegou a afirmar em março que as relações entre EUA e China estão em seu "pior momento da história".
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Blinken também teve agenda no domingo (18) com o chanceler Qin Gang. De acordo com o jornal estatal chinês Global Times, Blinken e Qin tiveram uma reunião de quase seis horas e o tom foi "cândido, profundo e construtivo".
Edição: Patrícia de Matos
