Mulheres quilombolas do Brasil e de países da América Latina se reúnem, a partir da próxima quarta-feira(14), em Brasília, para a 2ª edição do Encontro de Mulheres Quilombolas. O evento é organizado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas - Conaq e tem a proposta de debater assuntos como renda, alimentação, racismo ambiental, comunicação e direitos humanos.
O ato contará com a presença da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e tem o objetivo de promover o diálogo entre as comunidades e avaliar as políticas públicas existentes.
"A gente está num momento que já tem muito debate. Agora, chegou a hora de operacionalizar. Eu acho que é momento de fechar um acordo, dar aquele abraço e vamos juntas, porque a gente tem o mesmo objetivo", disse Isabela da Cruz, Integrante do Coletivo de Mulheres da Conaq, sobre o diálogo com o governo federal.
Ela participou ao vivo do programa Central do Brasil desta segunda-feira(12) e falou sobre a programação, dos principais temas que devem perpassar o evento e sobre o significado histórico dessa reunião de mulheres quilombolas em Brasília.
"É um momento de reencontro e de reafirmar que resistimos para existir. As mulheres quilombolas são fundamentais para isso. Tem caravanas vindo de todos os estados, está todo mundo muito animado", disse.
Ao final do encontro, as mulheres devem lançar um documento que reunirá todas as ideias levantadas durante o evento
"A gente vem se organizando, é importante dizer, há muitos anos. Mas agora, nas últimas décadas, de maneira mais institucional, através de organizações, associações e coletivos. E por causa de tudo isso, a gente percebeu que estas mulheres já constroem essa luta no território diariamente", comentou, relembrando que agora, com retomada do governo Lula, é hora de intensificar a participação das mulheres quilombolas nos espaços de construção coletiva da políticas públicas.
"Esse ano é um momento-chave, inclusive com o PPA(Plano Plurianual) participativo, indo para os estados. Então, a gente tem se mobilizado para fazer com que o debate saia de Brasília, onde está centralizado, e chegue nos territórios", concluiu.
Para conferir a entrevista completa, basta assistir ao programa Central do Brasil desta segunda-feira(12)
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Costura política
Com alguns ministros na corda bamba, Lula tenta costurar uma nova relação com o Parlamento para construir uma base sólida e conseguir avançar em pautas importantes para o governo. Nos próximos dias, mudanças devem ser anunciadas e podem trazer efeitos colaterais para aliados do presidente.
O programa Central do Brasil é uma produção do Brasil de Fato. Ele é exibido de segunda a sexta-feira, ao vivo, sempre às 12h30, pela Rede TVT e por uma rede de emissoras públicas parceiras espalhadas pelo país.
Edição: Rodrigo Durão Coelho