O jogador brasileiro Vinícius Jr foi alvo de atos horrendos de racismo vindos de uma multidão de torcedores do Valencia durante a partida contra o Real Madrid no domingo, causando revolta em todo o mundo, certo?
Bem, na Espanha e em especial na cidade de Valência, surgiram vozes tentando relativizar o ocorrido, argumentando que o coro de milhares que foi ouvido não dizia "mono" (macaco em espanhol), mas sim "tonto".
Mas imagens feitas antes da partida, quando a torcida valenciana entrava no estádio, contam uma história diferente. Nelas é possível identificar claramente que os europeus cantam 'mono', na melodia da canção clássica Guantanamera:
Nesta segunda (22) Vini Jr se manifestou novamente. Em suas redes sociais o carioca de 22 anos postou um vídeo no qual é possível ver inúmeras ocasiões em que ele é vítima de ódio e racismo, vindos de torcidas diferentes e desmentindo o argumento de que são casos isolados.
As imagens são dolorosas, constrangedoras e dão uma pequena mostra do que o brasileiro, um dos melhores jogadores do mundo, enfrenta no seu cotidiano. Veja:
A cada rodada fora de casa uma surpresa desagradável. E foram muitas nessa temporada. Desejos de morte, boneco enforcado, muitos gritos criminosos... Tudo registrado.
— Vini Jr. (@vinijr) May 22, 2023
Mas o discurso sempre cai em “casos isolados”, “um torcedor”. Não, não são casos isolados. São episódios… pic.twitter.com/aSCMrt0CR8
Entre os que negaram que os gritos fossem racistas, o brasileiro Gabriel Paulista, que disse se tratar de "tonto". O jogador do Valencia parabenizou os torcedores de seu time pelo comportamento na partida, incentivando a equipe.
Gabriel Paulista, jogador brasileiro do Valencia, passando pano para os racistas. Nojo.
— Mundo da Bola (@mundodabola) May 22, 2023
📸 Reprodução pic.twitter.com/H2RmPbeTZu
O incidente repercutiu em todo o mundo, gerando uma onda de solidariedade a Vini e condenações à torcida. O ocorrido inclusive saiu da esfera esportiva, envolvendo governos. A ministra Anielle Franco cobra do governo espanhol ações concretas.
Edição: Rodrigo Durão Coelho