Movimentos em defesa dos direitos da população em situação de rua de São Paulo realizam ato nesta sexta-feira (12) contra a política higienista da prefeitura da capital paulista, com a leitura da carta-manifesto "Se a barraca não é lar, moradia já!".
O ato será uma "carroceata" (uma passeata com carroças), que partirá do prédio da Prefeitura até a Câmara dos Vereadores - onde haverá uma audiência pública sobre a atuação dos serviços de zeladoria urbana. A carta-manifesto será lida durante o ato.
O texto foi produzido por diversas entidades e contou com colaboração de pessoas que vivem nas calçadas, catadoras e catadores de material reciclável e moradores de ocupações e albergues.
Os grupos denunciam as ações violentas que acontecem há muitos anos, em diferentes regiões da cidade. Agentes do poder público criminalizam pessoas em situação de rua e retiram seus objetos pessoais.
A situação dos catadores de material reciclável e vendedores ambulante também serão debatidas no ato. O recolhimento dos equipamentos de trabalho tem sido comum, e o acesso à alimentação digna piorou desde o fechamento de um restaurante popular da rede Bom Prato na região da Luz.
"É fundamental dar visibilidade à situação da população em situação de rua em São Paulo e no Brasil. A verdade do que estamos passando na rua deve ser dita e escutada por todas e todos. É preciso ter mais empatia, por isso estamos juntos nessa luta", disse Roseli Kramer Esquillaro, do Movimento Nacional de Luta e Defesa da População em Situação de Rua.
A manifestação desta sexta-feira começa às 11h junto ao prédio da Prefeitura, no Viaduto do Chá, região central de São Paulo. Na sequência, haverá distribuição de almoço. A caminhada e a carroceata estão previstas para começar às 12h30.
Edição: Thalita Pires