Em clima de animação com a retomada do diálogo com o governo federal e apoio a greve dos professores do DF, trabalhadores realizaram um ato político-cultural na manhã desta segunda-feira, 1° de maio, na Feira Central da Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal. O evento reuniu trabalhadores de todo o Distrito Federal e contou com a presença de líderes sindicais, representantes partidários, movimentos sociais e parlamentares.
“Hoje é o 1° de maio de muita luta e também de cultura e por isso trouxemos o evento para Ceilândia, que é a maior [região administrativa], com muitos trabalhadores que vieram aqui colocar suas reivindicações, mas também fazendo a celebração”, assinalou o presidente da Central Única dos Trabalhadores do DF, Rodrigo Rodrigues.
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O presidente do PT no DF, Jacy Afonso, também discursou e além de destacar apoio à greve dos professores falou sobre a retomada do diálogo dos trabalhadores com o governo federal com a volta do presidente Lula ao Palácio do Planalto. “O presidente Lula abriu diálogo com os servidores [federais] e conquistaram um aumento salarial que não tinham desde 2016”, disse Jacy destacando ainda o aumento real do salário mínimo e o reajuste da tabela do imposto de renda.
A deputada federal Érika Kokay (PT) destacou a importância da realização do evento em Ceilândia para que o campo popular intensifique o diálogo com toda a sociedade. “Temos que falar sobre que a política de valorização do salário mínimo voltou, que o reajuste da tabela do imposto de renda também voltou, que temos um governo que respeita a democracia e que abraça a classe trabalhadora”, afirmou a deputada.
Greve dos professores
Um assunto presente em todos os discursos do ato do Trabalhadores em Ceilândia foi o apoio à greve dos professores da rede pública do DF, anunciada no dia 26 de abril, após Assembleia Geral com diretores do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF).
Representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de outros sindicatos e parlamentares fizeram questão de endossar apoio e falar que o movimento de greve é legítimo.
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A diretora do Sinpro, Luciana Custódio, destacou que a falta de diálogo do governador Ibaneis Rocha (MDB) sobre a recomposição salarial, a valorização da carreira e a convocação imediata dos aprovados em concurso público foram os principais motivos para a greve.
“É fundamental receber esse apoio das outras entidades de classe, mas também é importante que toda sociedade do DF apoie os professores, porque é a sociedade que sofre com a precarização da educação, que está acontecendo aqui”, afirmou ela.
A greve dos professores deve ser um dos principais assuntos discutidos na Câmara Legislativa nos próximos dias e por isso o deputado distrital Fábio Félix (PSOL) defendeu durante o evento a paralisação das votações no Legislativo, enquanto o governo não negociar com a categoria. “A greve na educação tem consequências muito graves e o culpado pela greve é o governador Ibaneis, que não abriu de forma correta o diálogo e a negociação com os professores. Então o governo precisa dialogar”, defendeu Félix.
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1° de maio
O 1° de Maio é internacionalmente conhecido como o Dia do Trabalhador. Na data são celebradas homenagens à classe trabalhadora, a partir das lutas de trabalhadores por mais direitos, cidadania e democracia.
No Brasil a primeira comemoração ocorreu em Porto Alegre, capital gaúcha, em 1892 na praça pública no Brasil. Em Brasília o 1° de Maio é comemorado antes mesmo da inauguração da cidade, no ano de 1989 onde operários fizeram uma festa onde hoje é a praça dos Três Poderes.
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Fonte: BdF Distrito Federal
Edição: Flávia Quirino