A gigante varejista de moda chinesa Shein anunciou nesta quinta-feira (19) planos de investimento de R$ 750 milhões no Brasil. Segundo a empresa, o objetivo é garantir a geração de até 100 mil empregos nos próximos três anos.
O anúncio acontece logo depois de o governo confirmar que não vai taxar encomendas internacionais com preços de até US$ 50 (cerca de R$ 250, na cotação atual). A Shein é uma das principais vendedoras de roupas e acessórios para consumidores brasileiros.
Os planos de investimento da empresa chinesa no Brasil preveem a criação de uma rede com cerca de dois mil fabricantes do setor têxtil no país. Além disso, a ideia é oferecer produtos de vendedores em um marketplace (canal online de vendas) específico para o mercado brasileiro.
Segundo a empresa, o investimento anunciado "permitirá aos produtores locais gerenciar melhor os pedidos, reduzir o desperdício e diminuir o excesso de estoque, resultando em maior agilidade para responder à demanda do mercado".
A companhia chinesa pretende oferecer tecnologia e treinamento aos fabricantes no país para garantir operações mais eficazes, que atendam o modelo de negócio da Shein. Além disso, quer "tornar o país um polo mais moderno de produção têxtil e de exportação para a América Latina", segundo comunicado oficial.
Representantes da empresa se reuniram nesta quinta-feira com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ao deixar o encontro, o ministro adiantou planos da empresa para nacionalização de 85% das vendas realizadas a consumidores brasileiros nos próximos quatro anos.
"O Brasil é um mercado importante para nós, e estamos comprometidos em apoiar o crescimento econômico e o sucesso da Shein por todo o país", disse o diretor geral da empresa no Brasil, Felipe Feistler, em comunicado.
Edição: Rodrigo Durão Coelho