A Frota Russa do Pacífico foi colocada em alerta máximo, no mais no alto grau de prontidão de combate, como parte de uma inspeção surpresa nesta sexta-feira (14). A informação foi divulgada pelo ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu.
De acordo com Shoigu, parte das Forças Aeroespaciais, unidades militares e unidades de apoio também estão envolvidas nos exercícios. O objetivo é aumentar a capacidade das Forças Armadas Russas de "repelir a agressão de um potencial inimigo no mar".
"De acordo com as ordens do Estado-Maior, a frota terá de refinar o plano de utilização, tendo em conta a situação de treino, preparar forças para operações de combate num curto espaço de tempo, realizar desdobramentos operacionais e elaborar um conjunto de operações de combate e tarefas de treinamento nas zonas marítimas próximas e distantes", disse Shoigu.
O ministro informou que "durante o evento, a Frota do Pacífico terá que repelir mísseis maciços e ataques aéreos, realizar exercícios para procurar e destruir submarinos, realizar lançamentos de torpedos, artilharia e mísseis durante a destruição de grupos de ataque naval e alvos terrestres de um falso inimigo".
Foi destacado também que o exercício será utilizado para avaliar a prontidão de combate ao desembarque de um potencial inimigo nas Ilhas Curilas do Sul e Sacalina.
As ilhas Curilas do Sul são objeto de disputa territorial entre Rússia e Japão, que remonta ao final da Segunda Guerra Mundial, quando a União Soviética tomou o território do Japão. Até os dias de hoje não há um tratado de paz formal sobre a região. O Japão considera essas ilhas como "uma parte ancestral e inalienável do seu território".
No ano passado, a Rússia anunciou que suspendeu as negociações de paz com o Japão para protestar contra as sanções de Tóquio contra Moscou por conta da guerra na Ucrânia. A Rússia aumentou sua presença militar nas ilhas nos últimos anos, implantando caças avançados, mísseis antinavio e sistemas de defesa aérea.
Os exercícios da Frota do Pacífico começaram dias antes de uma viagem planejada a Moscou pelo ministro da Defesa chinês, general Li Shangfu.
Edição: Thales Schmidt