AGENDA CULTURAL

Museu de Arte do Rio, na Praça Mauá, abre exposição sobre afrofuturismo neste sábado

“Revenguê: uma exposição-cena” é uma história que trata sobre a vingança da vida e a política da presença

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
arte mar
Diversas obras serão criadas diante de público visitante do MAR - Tayna Uraz/Divulgação

É do potente imaginário de Yhuri Cruz que seu processo de criação artística se desenvolve. Suas ficções tomam forma através da arte. Esse é o caso de “Revenguê: uma exposição-cena”, que apresenta um novo planeta aos visitantes do Museu de Arte do Rio, na Praça Mauá, zona portuária da cidade, a partir deste sábado (15).

A novidade é que a exposição terá performance do artista em sete encenações, onde novas obras serão criadas na frente do público.

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A proposta expositiva do artista visual, escritor e dramaturgo carioca é inspirada numa ficção desenvolvida por ele nos últimos anos. “Eu fiquei tão dentro dessa história que eu comecei a desenhar, a criar instalações e um projeto de encenação. O meu trabalho basicamente vem muito das ficções que eu escrevo, esse é o lugar que eu estou mais pautado dentro da arte”, conta o artista.

“Revenguê” é uma expressão nova, uma palavra que não existe, mas é um vocábulo que deriva da palavra inglesa revenge, que em português significa vingança. Yhuri revela que Revenguê é uma história que trata sobre a vingança da vida e a política da presença. Dividida em quatro núcleos, a exposição contará, em alguns momentos, com a performance de Yhuri e outros seis artistas.

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"As pessoas vão entrar na sala e estar em um lugar fantástico: com chão vermelho, arquibancadas, em uma espécie de arena. Sentar, fruir e meditar é o que a gente quer para o público. Revenguê vai nascer 50% pronta, a cada encenação, pelo menos de 3 a 4 obras serão feitas em cena, então é sobre ritualizar esse processo de criação, é sobre ver a obra criada ao vivo”, afirma Yhuri.

Para a equipe curatorial, a mostra traz aspectos do afrofuturismo e coloca Yhuri Cruz como um artista singular, que consegue, através da sua poética, unir as artes visuais à ficção.

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"Eu acho que o trabalho do Yhuri Cruz tem uma novidade para nós. Você não encontra isso em muitos artistas, essa ideia de uma exposição-cena. Então, o que é bonito é que é uma exposição muito imersiva, de apelo popular muito grande, porque é de fato um ambiente que está sendo criado e por outro lado ele vai encenar essa história com outros artistas junto com ele”, destaca Marcelo Campos, curador-chefe do MAR.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Eduardo Miranda