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Na Alerj, Rio+ Saneamento responde por falta de água em bairros da capital e no interior

A concessionária assumiu, em 2022, a área do Bloco 3 do leilão da Cedae, passando a atuar em 18 municípios do Rio

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
O presidente da concessionária disse que nos próximos cinco anos, a empresa vai investir R$ 1 bilhão na região do Bloco 3 - Divulgação Alerj

A Comissão de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) realizou, nesta terça-feira (4), reunião com representantes da concessionária Rio+ Saneamento para debater os problemas de abastecimento de água e de esgoto sanitário nas áreas atendidas pela empresa.

Essa é a terceira e última concessionária a ser ouvida pelo colegiado antes da audiência pública que será realizada na próxima quarta-feira (12). Durante o encontro, foram apontadas ocorrências de falta d’água no município de Pinheiral e nos bairros da Zona Oeste do Rio.

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A concessionária assumiu, em agosto de 2022, a área do Bloco 3 do leilão da Cedae, passando a atuar em 18 municípios do Estado do Rio de Janeiro, incluindo 24 bairros da Zona Oeste carioca. Para o presidente da comissão, deputado Jari Oliveira (PSB), é necessário que todas as concessionárias apresentem soluções para a falta de água dessas regiões até a data da audiência pública.

"A gente precisa buscar melhorias. Cobramos do presidente da Rio+Saneamento a apresentação de uma solução para que a população de Pinheiral e da Zona Oeste não tenha mais falta de água", disse.

Com relação ao desabastecimento de água no município de Pinheiral, na Região do Médio Vale do Paraíba, o presidente da concessionária, Leonardo das Chagas Righetto, explicou que o acesso à captação ficou interrompido devido a constantes problemas de falta de energia na região, mas que medidas já estão sendo tomadas. "Estamos reformando um reservatório de um milhão de litros que vai resolver de forma definitiva o problema de abastecimento no município", comentou.

O presidente da concessionária disse, ainda, que nos próximos cinco anos, a empresa vai investir R$ 1 bilhão na região do Bloco 3. Na área da Zona Oeste, serão R$ 255 milhões em investimentos. No entanto, o plano ainda precisa ser aprovado pela Agencia Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa).

Zona Oeste

A falta de água em bairros da Zona Oeste do Rio tem afetado também o funcionamento da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), no campus de Santa Cruz. Por causa da falta de água na região, as aulas estão temporariamente suspensas nos turnos da manhã e da tarde. Presente na reunião, a coordenadora-geral da unidade, Eliane Pacheco dos Santos, no cargo há oito anos, relatou que isso nunca havia acontecido antes.

"Desde o carnaval, nós estamos com o abastecimento de água muito reduzido. São dias ou madrugadas sem entrar uma gota d’água no reservatório e, quando não temos água, nós não temos aula nem comida para os alunos e servidores. Com o calendário escolar muito comprimido, a gente não consegue contemplar o conhecimento completo dos alunos. Hoje, a gente tem uma reserva muito pequena de água, e caso fosse necessário ser utilizada em uma questão de incêndio, não seria possível", pontuou.

Para a deputada Lucinha (PSD), a falta de água na Zona Oeste sempre existiu, mas não de forma corriqueira como atualmente. "Várias regiões da Zona Oeste, de Bangu até Santa Cruz, que tinha água normalmente, não tem mais. Eu pedi para a concessionária me apresentar o cronograma físico e financeiro das obras na região, mas eles não souberam falar sobre. Até o momento, eles não possuem nenhum projeto definido, porque não têm conhecimento do alcance de uma concessão como essa", frisou a parlamentar.

*Com informações do portal da Alerj.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Mariana Pitasse