Para evitar o risco de despejo forçado, a semana foi de negociações da ocupação Tiradentes 2 e do Movimento Popular por Moradia (MPM) com a presidência da Câmara de Curitiba, também com a Comissão de Direitos Humanos, além de diálogo com diferentes parlamentares, no qual os ocupantes exigem mesa de negociação com a empresa Essencias/Solví, responsável pelo aterro sanitário na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
Já no fim de semana, o Movimento Popular por Moradia (MPM) convocou organizações sociais para uma brigada de solidariedade com a ocupação, montando um acampamento permanente de brigadistas no local.
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Diante da possibilidade de cumprimento da ação de reintegração de posse exigida pela Essencis, no sábado (25), militantes do MPM, da organização Povo pelo Povo, entre outras, montaram barracas no espaço construído pela comunidade. A ideia é alertar a sociedade para o risco que vivem as famílias e apoiá-las. Se preciso, resistir: "Estamos esperando que não venham, mas estamos preparados pra resistir", afirma uma das lideranças locais, durante roda de conversa.
O acampamento cumpre também, como a própria ocupação, o papel de denúncia de possíveis irregularidades ambientais:
“Estamos montando nosso acampamento de resistência, uma brigada de resistência, contra o despejo da Tiradentes 2, que está sendo encaminhado pela Essencis, lixão que atua de forma totalmente irregular, descumprindo as normas mais básicas do meio-ambiente, ainda assim tentando expandir seus territórios, aumentando seu depósito de lixo, tentando tirar esse povo trabalhador, povo unido numa comunidade há dois anos, cuidando do meio-ambiente, tentando revitalizar nascente que faz fronteira com o lixão", afirma em vídeo o militante Ricardo, do MPM.
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No domingo, dia 26, houve movimentações na cozinha comunitária. Ao redor do fogão a lenha, doações de diferentes movimentos populares chegavam ao longo da tarde.
Um dos apoiadores que visitou a comunidade foi o padre Redentorista Joaquim Parron, idealizador da exitosa campanha “SOS Vila Torres”. “Famílias que precisam dessa moradia, com um lixão chegando aqui do lado, convocamos as pessoas para essa luta para que a Tiradentes 2 fique”, afirma a liderança religiosa.
Outro lado
A reportagem do Brasil de Fato Paraná tentou, por vários canais, locais e nacionais, contato com assessoria de imprensa do grupo Solví. Até o fechamento da edição não conseguimos contato e fica aberto o espaço para resposta da empresa em relação às críticas da comunidade e da sociedade civil.
Fonte: BdF Paraná
Edição: Frédi Vasconcelos