O Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo aceitou a proposta feita pelo Metrô ainda na madrugada desta sexta-feira (24) e encerrou a greve pela manhã. A organização considerou a proposta "bem abaixo" do esperado, mas por 21 votos a categoria aceitou os termos encaminhados pela empresa estatal. São eles:
1) Abono de R$ 2 mil a ser pago em 14 de abril deste ano. Também serão iniciadas as negociações da PR (Participação nos Resultados) 2023 a ser paga em 2024;
2) Compromisso de não haver punições ou desconto por falta durante a greve;
3) Retorno aos postos de trabalho com uniforme;
4) Pagamentos dos steps em julho de 2023, a todos os trabalhadores – step salarial é um marco que estabelece o salário de um funcionário. Por exemplo, ao ser admitido em uma empresa, um funcionário recebe um salário base. Após um ano, seu primeiro step salarial, o funcionário tem um aumento. Esse período é flexível de acordo com cada empresa. Alguns trabalhadores não estavam sendo contemplados com essa política.
Os metroviários chegaram a votar uma contraproposta de R$ 6 mil de abono compensatório e a realização de concurso público para todas as áreas, além da continuação da greve. Nesse caso, a greve continuaria. Antes, o Sindicato dos Metroviários cobrou do Metrô o pagamento do abono salarial, a revogação de demissões por aposentadoria e novas contratações.
Apesar de aceitar a proposta feita pela empresa estatal, o sindicato reforçou que iniciará uma campanha salarial e se posicionará de maneira expressiva contra as privatizações das linhas do transporte sobre trilhos.
Em nota enviada à imprensa, o Metrô informou que a situação econômica da estatal "não possibilita o pagamento de abono salarial neste momento". Também disse que "não há justificativa para que o Sindicato dos Metroviários declare greve reivindicando o que já vem sendo cumprido pela empresa".
Edição: Thalita Pires