O poder público municipal, estadual e federal trabalha para tentar liberar os acessos a estradas que ligam a cidade de São Sebastião, a que mais sofreu com os estragos causados pelo temporal que caiu no litoral paulista entre sexta-feira e sábado (18 e 19), para diminuir a pressão sobre os serviços públicos na cidade. Por conta do carnaval, muitas pessoas deixaram a capital paulista e outras cidades e viajaram até o litoral.
O governo de São Paulo registra até o momento 40 óbitos confirmados, sendo 39 em São Sebastião e um em Ubatuba, além de 1.730 desalojados e 766 desabrigados. De acordo com o portal g1, o número de mortes já é de 45, mas a informação ainda não foi confirmada pelas autoridades.
O volume de chuvas registrado em Bertioga, cidade vizinha a São Sebastião, foi de 683 milímetros, o maior já registrado na história do país. Os deslizamentos de terra bloquearam diferentes acessos para chegar e sair da região, o que fez com que muitos turistas ficassem retidos nas cidades, sem conseguir voltar para casa, o que aumenta a demanda por serviços básicos voltados principalmente às pessoas desabrigadas e desalojadas.
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Após se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que o poder público trabalha para liberar acesso a estradas como a Rio-Santos, uma das principais vias de acesso à região. Com a saída dos turistas, diminuirá a demanda por água potável e alimentos.
Entre as pessoas que estavam ilhadas em São Sebastião está a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, que foi resgatada por militares das Forças Armadas na segunda-feira (20). "A ministra agradece o trabalho dos militares que a deslocaram até uma área segura do município de São Sebastião, para que de lá ela pudesse se dirigir até a capital paulista", afirmou o ministério em nota. Mais de 400 militares foram encaminhados à região para os trabalhos de resgate.
Edição: Nicolau Soares