Na Síria, pelo menos 5,3 milhões de pessoas ficaram desabrigadas e cerca de 5.900 perderam a vida como consequência do terremoto que atingiu o país. A história da família de Ibrahim, que vivia na província costeira de Lataquia, é um exemplo dessa dolorosa realidade.
O pai, Ibrahim, a mãe, Lina, e o adolescente Muhamed sobreviveram aos horrores de 12 anos de guerra que o país atravessa, mas não se salvaram do terremoto que destruiu sua casa em Lataquia. Os parentes choram suas mortes, assim como milhares de pessoas no país que perderam pessoas queridas nessa catástrofe natural.
"Perdemos muitas pessoas, perdemos muitos parentes e amigos, o que aumentou nosso sofrimento, pois já vivíamos em deslocamento forçado por causa da guerra, e agora ficamos desabrigados pela segunda vez devido ao terremoto, e arrasados pela morte do meu irmão Ibrahim e sua família", diz Wael Adel, irmão de Ibrahim.
Dois membros da família Ibrahim sobreviveram, mas feridos e desabrigados. Agora estão morando na casa dos avós, o que não é o caso de centenas de milhares de pessoas alojadas em centros provisórios de acolhimento que foram estabelecidos pelas autoridades do país, enquanto são feitos os trabalhos de retirada de escombros e reconstrução das áreas destruídas.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), 2,5 milhões de crianças foram afetadas pelo sismo na Síria e outras 4,6 milhões de crianças foram atingidas na Turquia. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que número atualizado de vítimas fatais causadas pelo terremoto no país é de 35.418 pessoas.
Edição: teleSUR
