Violência

Colômbia registra cinco assassinatos de dirigentes sociais em 2023

Desde a assinatura dos Acordos de Paz, em 2016, cerca de 1,4 mil ativistas foram assassinados no país

|
Militares do exército colombiano - Schneyder Mendoza /AFP

O músico, compositor e ativista cultural colombiano Genivero Méndez Buelvas foi assassinado na noite desta terça-feira (17/01), na cidade de Morroa, no Norte do seu país natal. Segundo a imprensa local, ele foi atacado por desconhecidos após participar de uma reunião sobre a organização de um evento.

Méndez Buelvas é o quinto ativista social assassinado na Colômbia em 2023, segundo uma lista elaborada pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento da Paz (Indepaz).

O músico era ligado a organizações pelos direitos dos trabalhadores da cultura, além de ser fundador e organizador de alguns festivais de cultura popular que acontecem no interior do país.

Além do músico, a lista do Indepaz inclui os casos do dirigente do movimento indígena José Taicus e da sindicalista Mariela Reyes, ambos assassinados no dia 2 de janeiro – embora em circunstâncias e em cidades diferentes.

Os outros dois homicídios foram o de Alfonso Arteaga, ativista pelos direitos dos trabalhadores rurais, morto no dia 6 de janeiro, e Cristián Salinas, ex-membro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e líder comunitário da cidade de Ginebra, na região do Vale do Cauca, assassinado em 7 de janeiro.

O Indepaz lembra que Méndez Buelvas foi “um reconhecido líder e promotor cultural que trouxe o acervo da memória histórica por meio da oralidade e da arte”.

O instituto também confirma que os cinco assassinatos cometidos até agora utilizaram armas de fogo. 

Desde a assinatura dos Acordos de Paz, em 2016, mais de 1,4 mil ativistas sociais foram assassinados na Colômbia, também segundo números do Indepaz, que realiza a lista de vítimas anualmente desde 2017.