Com o lema "Um outro mundo é possível", o Fórum Social Mundial (FSM) Porto Alegre ocorrerá entre 23 e 28 de janeiro, na Assembleia Legislativa da capital gaúcha. Os debates, como na edição do ano passado, serão feitos de forma híbrida. A realização do evento está a cargo de centrais sindicais e movimentos populares do Rio Grande do Sul e de outros estados do país.
A edição de 2023 será composta por atividades autogestionadas, além de um seminário internacional - nos dias 26 e 27 - e do Festival Social Mundial, no dia 28, no Parque da Redenção. Haverá também a Feira de Economia Solidária, na Praça XV de Novembro, centro de Porto Alegre e a tradicional marcha do FSM, no dia 25, com concentração no Largo Glênio Peres.
No mesmo dia, às 10h, centrais sindicais irão promover uma mesa sobre Sindicalismo e Trabalho Decente, no Teatro Dante Barone. Às 14h, haverá uma mesa sobre Economia Solidária e às 17h a saída para a Marcha.
O evento é um contraponto ao Fórum Econômico Mundial, que ocorre no mesmo período em Davos, na Suíça, e discute prioritariamente uma agenda neoliberal.
Um outro mundo é possível
O início do governo Lula trouxe aos participantes do evento a perspectiva de combater o desmonte de politicas sociais, segundo uma das organizadoras do evento, Lucimar Siqueira, que integra o Observatório das Metrópoles em Porto Alegre
"Fica muito evidente na construção da edição 2023, o acúmulo dos grupos e dos movimentos. Foram anos intensos, duros, passando por uma pandemia, onde esses mesmos coletivos e movimentos assumiram o papel de cuidar e salvar uns aos outros, com alternativas construídas por eles próprios", destaca. "A economia que precisamos é solidária, coletiva, que não tem medo e não é abalada quando investimentos chegam até as pessoas que precisam".
Para a secretária-geral da CUT-RS, Vitalina Gonçalves, o neoliberalismo criou as condições para o surgimento de movimentos fascistas, que ganharam força devido ao aumento da fome e da pobreza.
"Sem a superação das políticas neoliberais, não será possível enfrentar as causas das crises econômicas, ambientais e sociais", pontua. "No Fórum se discutem outros valores, como igualdade, justiça, solidariedade e esperança. Este ano nos encontramos em melhores condições políticas para reconstruir o Brasil, com distribuição de renda, trabalho, combate à fome e defesa das mulheres e do meio ambiente", complementa.
Para o secretário de Organização e Política Sindical da CUT-RS, Claudir Nespolo, o resultado das eleições permite visualizar mudanças nos rumos políticos do país. "Essa mudança é popular, democrática, negra, indígena, feminista, de resgate de direitos e em defesa do meio ambiente. Mas ela só será concreta se houver organização e mobilização da sociedade", ressalta.
As inscrições podem ser realizadas por aqui. Mais informações pelo site oficial do Fórum Social Mundial.
Confira a programação completa:
23 de janeiro (segunda)
9h | Atividades Autogestionadas – AL/RS
14h | Atividades Autogestiondas – AL/RS
14h | Abertura FSM da Pessoa Idosa – Teatro Dante Barone
19h | Mundo Multilateral e o combate ao Fascismo – Teatro Dante Barone
24 de janeiro (terça)
9h | Atividades Autogestionadas – AL/RS
14h | Atividades Autogestionadas – AL/RS
19h | Brasil da Esperança: O país que Queremos – Teatro Dante Barone
25 de janeiro (quarta)
9h | Convergência Mundo do Trabalho – Teatro Dante Barone
9h | Atividades Autogestionadas -AL/RS
10h | Sindicalismo e Trabalho Decente – Teatro Dante Barone
14h | Economia Solidária – Teatro Dante Barone
17h | Marcha do FSM Porto Alegre 2023 – Largo Glênio Peres
20h | Ato Político Cultural – AL/RS
26 de janeiro (quinta)
Seminário Internacional – Teatro Dante Barone
9h | Luta Antirracista, Popular e Periférica
14h | Por um Brasil Feminista
17h | Combate à Fome e a Luta Socioambiental
27 de janeiro (sexta)
Seminário Internacional do FSM – Teatro Dante Barone
9h | Direitos Sociais: Educação, Cultura, Saúde e Assistência Social
14h | Participação Popular e Controle Social
17h | Noite do Hip-Hop
28 de janeiro (sábado)
Festival Social Mundial
15h às 20h | Parque da Redenção
* Com informações da CUT-RS
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Fonte: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Sarah Fernandes e Katia Marko