Bagunça em Brasília

Randolfe pede indiciamento de Michelle Bolsonaro por incentivar golpistas no Alvorada

Senador acionou o Supremo Tribunal Federal após denúncias de que a primeira-dama teria enviado lanches a manifestantes

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

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Randolfe pediu indiciamento da ainda primeira-dama Michelle Bolsonaro - Evaristo Sa/AFP

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para solicitar investigação das condutas da atual primeira-dama, Michelle Bolsonaro, durante os atos violentos de manifestantes bolsonaristas em Brasília na noite da última segunda-feira (12).

A petição enviada por Randolfe ao STF destaca que Michelle e outras pessoas podem ter financiado ou incentivado os atos antidemocráticos e todos devem ser investigados. Carros e ônibus foram incendiados. A primeira-dama teria enviado lanches aos participantes das agressões.

Randolfe solicitou, ainda, que a Procuradoria-Geral da República "promova e acompanhe a imediata desocupação, inclusive com eventual força policial, das adjacências do Palácio da Alvorada por particulares".

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Para o parlamentar, as manifestações desta segunda são atos terroristas, e serão tomadas medidas judiciais para apuração completa do episódio. "Não há o que se tolerar. A lei, os Poderes, precisam agir e punir aqueles que não aceitam a vitória da democracia", afirmou.

Em entrevista ao canal CNN, compartilhada em suas próprias redes sociais, Randolfe destacou que "o Palácio da Alvorada não é uma residência particular. É uma dependência pública que daqui 15 ou 20 dias necessitará ter um novo morador. O atual inquilino do Palácio do Planalto não pode ocupar o Palácio da Alvorada para que ele seja vandalizado e não pode dar guarida, não pode acobertar criminosos lá dentro".

"Estou pedindo nesta manhã o indiciamento da senhora Michelle Bolsonaro no âmbito dos atos antidemocráticos. Estamos pedindo também a rigorosa apuração dos fatos de ontem, assim como indiciamento, no mesmo inquérito, dos líderes dos atos terroristas no dia de ontem", completou.

Edição: Nicolau Soares