O Peru viveu uma tentativa de golpe nesta quarta-feira (7) com o anúncio do presidente, Pedro Castillo, de dissolver o Congresso, numa tentativa de evitar o impeachment que seria votado nesta tarde. Apesar da manobra, o Congresso manteve a sessão e aprovou a destituição do mandatário por ampla maioria, 101 votos favoráveis, seis contrários e 11 abstenções.
Castillo entregou-se às autoridades em Lima e foi detido em flagrante. A ex vice-presidenta Dina Boluarte assumiu o controle do Executivo. Diante dos acontecimentos, a comunidade internacional se manifestou à favor da democracia.
O Ministério de Relações Extereiores do Brasil publicou um comunicado expressando sua "preocupação".
"Espera-se que a decisão constitucional do Congresso peruano represente a garantia do pleno funcionamento do Estado democrático no Peru. O Governo brasileiro manifesta sua disposição de seguir mantendo as sólidas relações de amizade e cooperação que unem os dois países e deseja êxito à Presidente Dina Boluarte em sua missão como Chefe do Estado peruano", diz a nota do Itamaraty.
A chancelaria do Chile diz que lamenta a situação e "confia que a crise que afeta o país irmão possa ser resolvida através de mecanismos democráticos". Em nota, ainda fazem um chamado para que se "respeitem as liberdades fundamentais e os direitos humanos".
Já o ministro de Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, também lamentou a situação e deseja "que se respeite a democracia e os direitos humanos pelo bem do nosso povo irmão", publicou.
Ebrard também anunciou a suspensão da próxima reunião da Aliança do Pacífico, prevista para ser realizada em Lima no dia 14 de dezembro.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou uma sessão extraordinária para esta quarta-feira para discutir a situação do Peru.
Edição: Rodrigo Durão Coelho