O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou que as operações realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) neste domingo de segundo turno não impactaram no direito ao voto de qualquer eleitor. Além disso, ele confirmou que a votação terminará no horário previsto, às 17h (de Brasília) em todo o país.
Moraes, que se reuniu à tarde com o diretor-geral da PRF, Silvinei Marques, afirmou que o TSE não recebeu qualquer notificação de que eleitores tenham deixado de chegar aos locais de votação. Durante todo o dia, foram várias denúncias de que a Polícia Rodoviária estava realizando operações que atrapalhariam o deslocamento de eleitores, especialmente no Nordeste.
"As operações realizadas foram, segundo o diretor da PRF, realizadas com base no Código de Trânsito Brasileiro. Ônibus com pneu careca, com farol quebrado, veículos nessas condições eram abordados e foram feitas autuações. Isso, em alguns casos, retardou a chegada dos eleitores até a seção. Mas em nenhum caso impediu", disse Moraes em entrevista coletiva nesta tarde.
O ministro reforçou, porém, que os episódios serão analisados caso a caso. Muitas das denúncias vieram de eleitores e lideranças políticas de cidades nordestinas, onde Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conquistou ampla maioria dos votos no primeiro turno e, segundo as pesquisas, deve ter larga vitória também na segunda rodada de votação.
Desmentindo boatos que circularam nas redes sociais, Moraes afirmou que não vai haver qualquer adiamento no horário limite de votação. Ou seja, só quem chegar ao local de votação até 17h (de Brasília) vai poder depositar seu voto.
Combate às fake news
Na mesma entrevista coletiva, Moraes disse que o TSE reforçou ações de combate a notícias falsas, as fake news, em meios virtuais neste segundo turno. Segundo o ministro, houve mais de 700 URLs (endereços eletrônicos) removidos, 15 perfis de grandes propagadores de informações falsas foram suspensos e cinco grupos no Telegram foram banidos. Juntos, eles somavam mais de 580 mil participantes.
"Nessas últimas 36 horas continuamos a fiscalizar as redes para pelo menos diminuir o que ocorreu na véspera do primeiro turno, nas 48 horas anteriores, quando houve grande propagação de fake news", complementou.
Além disso, o ministro citou filas registradas em localidades do exterior, como Lisboa (Portugal), e disse que o TSE já considera criar novas seções eleitorais em países onde há grande número de eleitores brasileiros cadastrados, como Portugal e França.
Edição: Thalita Pires