Nordeste

Chapa do PSB vence no Maranhão: Carlos Brandão será governador e Flávio Dino, senador

Brandão derrotou Lahesio Bonfim (PSC) e Weverton (PDT) e venceu a disputa no primeiro turno

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Apadrinhado por Dino (dir.), Carlos Brandão (esq.) é o novo governador do Maranhão - Divulgação/Facebook

Candidato do ex-governador e senador eleito Flávio Dino (PSB), Carlos Brandão (PSB) será o novo governador do Maranhão.

Com 98,51%% das urnas apuradas, ele soma 51,14% dos votos e já derrotou o candidato bolsonarista Lahesio Bonfim (PSC), que tem 25,00%, e Weverton Rocha (PDT), com 20,70%.

Edivaldo (PSD) tem 2,54%. Não chegam a 1% dos votos Enilton Rodrigues (PSOL), Hertz Dias (PSTU), Simplicio (Solidariedade), Professor Joas Moraes (DC) e Frankle Costa (PCB).

Na disputa para o Senado, o Dino tem 62,28% e derrotou Roberto Rocha (PTB), com 35,67%.

Quem é Brandão

Figura destacada na política maranhense desde os anos 1990, quando foi secretário estadual de Meio Ambiente. Após passar por outros cargos ligados ao governo, se lançou candidato a deputado federal em 2006 e foi eleito, repetindo a dose em 2010. Se juntou a Dino na chapa de coalizão que destronou a dinastia Sarney – na ocasião, representada por Lobão Filho – em 2014.

Dino e Brandão foram reeleitos em 2018 para os mesmos cargos. O governador deixou o cargo no início deste ano para concorrer ao Senado e Brandão assumiu a cadeira. 

Flávio Dino mantém poder

Juiz federal por 12 anos, Flávio Dino abandonou a toga para se dedicar à política. Pelo PCdoB, foi eleito deputado federal em 2006 e perdeu as eleições para a prefeitura de São Luís e o governo do Maranhão em 2008 e 2010.

Em 2014, porém, liderou uma coalizão de partidos de esquerda, centro e direita e foi eleito em primeiro turno, derrotando Lobão Filho, que tinha o apoio da família Sarney. Com fortes investimentos em setores como saúde, saneamento e educação, incluindo a criação de uma universidade estadual, foi reeleito em 2018, também em primeiro turno, desta vez superando Roseana Sarney. Deixou o cargo com grande popularidade e altos índices de aprovação.

Os adversários

Weverton Rocha

Ligado ao PDT desde a adolescência, passou a fazer parte da política institucional como assessor da prefeitura de São Luís no início dos anos 2000. Foi um dos principais cabos eleitorais do governador Jackson Lago, que o nomeou para a Secretaria Estadual de Esporte e Juventude. Quando o ex-governador foi cassado, em 2009, se manteve leal. Passou, então, a atuar no ministério do Trabalho, convidado pelo presidente do PDT, Carlos Lupi, titular da pasta no governo Lula. Rocha foi eleito suplente na campanha a deputado federal em 2010, e assumiu definitivamente a cadeira em 2012. Foi reeleito em 2014. Em 2018, com as bênçãos do então governador Flávio Dino, chegou ao Senado. Os dois romperam no início deste ano, quando Dino anunciou apoio a Carlos Brandão na disputa pelo governo do estado.

Lahesio Bonfim

Candidato bolsonarista ao governo, Lahesio Bonfim preenche a cartela do discurso ligado ao presidente: se diz cristão e defensor da família. Ex-prefeito da cidade de São Pedro dos Crentes (o nome da cidade vem do fato de a população ser predominantemente evangélica), no interior do estado, renunciou ao cargo para concorrer ao governo. É médico e se orgulha de ser "filho de um vaqueiro e de uma professora". Foi filiado ao PSL, mas chegou a passar pelo PTB antes de chegar ao PSC.

Edição: Rodrigo Chagas