Em pronunciamento à imprensa, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) negou, na manhã desta segunda-feira (26), que vá desistir da candidatura à Presidência da República nas eleições de outubro.
"Minha candidatura está de pé para defender o Brasil em qualquer circunstância. E meu nome continua posto como firme e legítima opção para livrar nosso país de um presente covarde e um futuro amedrontador", declarou.
O pedetista convocou a imprensa e correligionários para confrontar aqueles que defendem que ele abra mão da sua candidatura em prol de um apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Durante o discurso, Ciro insistiu em um posicionamento que tem feito durante toda a campanha eleitoral, ressaltando uma suposta equivalência entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL), os dois líderes das pesquisas eleitorais pelo Palácio do Planalto.
A convocação do pronunciamento chegou a motivar especulações de que Ciro desistiria da candidatura. Nas últimas semanas, o pedetista perdeu eleitores importantes e influentes, como o cantor Tico Santa Cruz e o humorista Fábio Porchat.
Dissidentes e uma ala do PDT lançaram oficialmente, na última quarta-feira (21), no Rio de Janeiro, um manifesto contra a candidatura de Ciro. O texto teve apoio de aproximadamente 100 nomes, dos quais cerca de 30 são filiados ao PDT, de acordo com os idealizadores.
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Alguns dos integrantes do partido preferiram apoiar o manifesto apenas nos bastidores, depois que o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, informou que todos os filiados que assumirem a "dupla militância serão excluídos".
A cúpula da sigla também aprovou uma resolução que proíbe o apoio a candidatos de outras convenções nacional ou estaduais, em julho deste ano, quando lançou a candidatura de Ciro.
Edição: Nicolau Soares