Nesta sábado (24), a Federação Brasil da Esperança do Paraná, que reúne o PT ,PC do B e PV, entrou com notícia crime contra o governador do Paraná, Ratinho Júnior, e membros de seu governo, por disparos irregulares de mensagens para celular feitos por números ligados à Paraná Inteligência Artificial (PIA) e ao Detran-PR, ambos canais oficiais do Estado.
Eleitores receberam mensagens solicitando votos para Jair Bolsonaro, aliado de Ratinho, e incitando a invasão do Superior Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional caso o atual presidente não seja reeleito.
A mensagem diz:
"Vai dar Bolsonaro no primeiro turno! Senão, vamos a rua para protestar! Vamos invadir o congresso e o STF! Presidente Bolsonaro conta com todos nos!!".
Foi solicitada a abertura de inquérito policial por crime eleitoral e contra a ordem democrática por parte do Estado do Paraná. Foi encaminhada também cópia ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com denúncia de prática de abuso de poder em favor do candidato Jair Bolsonaro e violação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), por uso de dados pessoais de eleitores para benefício eleitoral e a prática de crimes.
"Usar a máquina pública para promover uma candidatura é crime! A propaganda irregular pró-Bolsonaro, enviada por SMS por um canal oficial do Governo do Estado, é um abuso que deve ser punido urgentemente. A nossa democracia e as regras eleitorais devem ser respeitadas", diz Arilson Chiorato, presidente da Federação Brasil da Esperança do Paraná.
Nota do governo do Estado
Em nota, o governo do Estado afirma que: "O caso será apurado pela Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar). O governo do Estado do Paraná repudia qualquer tentativa de uso político ou manifestação antidemocrática e determinou à Celepar apuração célere junto a seus parceiros para responsabilização desse fato lamentável. O fato ocorreu a partir de uma empresa terceirizada e ela já foi notificada pela Celepar."
O que falta saber
O governo do Estado joga a responsabilidade dos disparos para uma empresa terceirizada, a Algar Telecom, que até o fechamento deste texto não se manifestou sobre quem deu a ordem para fazer os disparos e quem financiou a ação.
Fonte: BdF Paraná
Edição: Frédi Vasconcelos