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"Hino ao Inominável": Wagner Moura e mais artistas lançam música com denúncia a Jair Bolsonaro

Lançado no sábado (17), manifesto foi "feito pra contribuir pra não reeleição do inominável", afirma apresentação

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

Ouça o áudio:

Compositor da canção, Carlos Rennó, posa ao lado de Wagner Moura em foto de divulgação do vídeo - Reprodução/Instagram

"'Sou a favor da ditadura', disse ele,
'Do pau de arara e da tortura', concluiu.
'Mas o regime, mais do que ter torturado,
Tinha que ter matado trinta mil'."

Com estes versos, o ator e diretor Wagner Moura abre o vídeo que, em mais de 13 minutos, reúne denuncias contra o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). São 30 artistas envolvidos no manifesto que foi escrito pelo músico e jornalista, Carlos Rennó. A música é assinada por Chico Brown e Pedro Luís.

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Segundo os realizadores do vídeo, o material foi  “feito pra lembrar, pra sempre, esses anos sob a gestão do mais tosco dos toscos, o mais perverso dos perversos, o mais baixo dos baixos, o pior dos piores mandatários da nossa história. E pra contribuir, no presente, pra não reeleição do inominável.”

Além de Wagner Mourar, a peça conta com a participação de Zélia Duncan, Chico César, Bruno Gagliasso, Lenine, Paulinho Moska, Marina Lima e Mônica Salmaso. 

Os mais de 13 minutos de música são organizados em 202 versos, mais o refrão. Os artistas se dividem na interpretação de cada parte da música, que focam em diferentes temas. 

Na participação de Lenine, os versos denunciam a gestão socioambiental, principalmente da Amazônia, do governo Bolsonaro:

"Chamou o tema ambiental de importante
Só pra vegano quem come vegetal 
Chamou de mentirosos os dados científicos
Sobre o aumento do desmatamento floresta"

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O rapper Dexter teve sua participação focada no tema de violência policial:

"Proclamou que policial tem que matar
Tem que matar, se não é policial
Matar com 10 ou 30 tiros o bandido,
Pois criminoso é um ser humano anormal"

Já o refrão, cantado em coro, entoa: “Quem dirá que não é mais imaginável, erguer de novo das ruínas um país”.

A montagem foi gravada entre julho e agosto em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Edição: Lucas Weber