"A esperança vai vencer o medo". Com esse mote, que é também usado na campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), movimentos populares e centrais sindicais organizaram atos neste sábado (10) em defesa do petista e contra Jair Bolsonaro (PL) em ao menos 24 cidades.
Entre elas, Maceió (AL), Salvador (BA), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Manaus (AM), Belém (PA), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Florianópolis (SC).
Segundo a convocatória, o ato – que acontece três dias após manifestações massivas em defesa de Jair Bolsonaro no 7 de setembro – chamou às ruas “as pessoas que acreditam na democracia, na solidariedade, na convivência plural das diferenças, que almejam a superação da fome, do desemprego e da desigualdade”.
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A Central de Movimentos Populares (CMP), a Marcha Mundial de Mulheres (MMM), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e a União dos Negros por Igualdade (UNEGRO) estão entre as entidades organizadoras.
Na capital paulista, por volta das 16h, todas as faixas da av. Paulista estavam ocupadas por manifestantes, carro de som e bandeiras. Ao som de gritos como “Fora Bolsonaro genocida” e “Olê olê olê olá, Lula, Lula”, representantes das organizações defendiam, no microfone, a importância de a eleição presidencial ser decidida no primeiro turno.
Intenções de voto
Se as urnas refletirem o que a população respondeu nas últimas pesquisas de intenção de voto, no entanto, haverá segundo turno. A mais recente foi divulgada pelo Ipespe neste sábado (10). Nela, o ex-presidente Lula tem 44% das intenções de voto, o mesmo índice do levantamento anterior, que foi divulgado no último dia 3. Já Bolsonaro, com 36%, subiu um ponto – dentro da margem de erro.
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O cenário é similar ao constatado pela pesquisa mais recente do Datafolha, divulgada na noite desta sexta-feira (9). Lula lidera com os mesmos 45% que tinha na pesquisa anterior e Bolsonaro, oscilando dois pontos percentuais para cima, chega a 34%.
Assassinato no MT e ameaça em SP
A menos de um mês do pleito de 2 de outubro, as manifestações acontecem em semana em que um petista é brutalmente assassinado por um bolsonarista no Mato Grosso, depois de uma discussão política sobre os candidatos.
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Além disso, Guilherme Boulos (PSOL) e Ediane Maria (PSOL), candidatos paulistas a deputado federal e deputada estadual, alegaram ter sido ameaçados por um homem armado nesta última sexta-feira (9). Segundo eles, o episódio aconteceu durante uma panfletagem no centro de São Bernardo do Campo (SP).
“Durante uma caminhada de campanha em que estávamos eu e Ediane Maria, um homem esbravejou ‘Aqui é Bolsonaro’, ao recusar o panfleto de nossas mãos. Em seguida, disse estar armado e colocou a mão na cintura, no cabo da arma”, relatou Boulos no seu perfil no Twitter.
Edição: Daniel Lamir