JUSTIÇA

Defensoria do RJ vai representar família de mulher morta em operação no Complexo do Alemão

Letícia Marinho foi baleada em um sinal de trânsito dentro do carro; familiares alegam que o tiro partiu da polícia

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Letícia Marinho, de 50 anos, deixou 3 filhos e 3 netos - Foto: Reprodução

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) vai representar, na justiça e nas esferas extrajudiciais, a família de Letícia Marinho Sales, morta durante operação no Complexo do Alemão, na última quinta-feira (21), ao sair de uma igreja. 

Segundo o órgão, os três filhos e o sobrinho da vítima estiveram na última terça-feira (26) na sede da Defensoria para o primeiro atendimento. Depois, foram recebidos pelo defensor público-geral Rodrigo Pacheco e pela subdefensora pública-geral institucional Paloma Lamego. 

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Jenifer, Marcos e Jéssica, filhos de Letícia, e Neilson, sobrinho, foram atendidos por Guilherme Pimentel e André Castro, ouvidor e defensor público do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) da DPRJ. Eles também passaram pela equipe de psicossocial da instituição. 

O trabalho contou com o acompanhamento de Mariana Rodrigues e Leonardo Guedes, procuradores da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ), que atua em parceria com a Defensoria no caso. 

Depois do atendimento, os familiares foram recebidos no gabinete, onde o defensor público-geral e a subdefensora pública-geral expressaram toda solidariedade diante da perda precoce decorrente da violência estatal. 

O filho de Letícia, ao se manifestar em nome da família, lembrou da mãe com carinho. Ele destacou a importância de haver justiça no caso. 

“Quero agradecer a ajuda de vocês, o apoio. Minha mãe era uma mulher incrível, que ajudou muitas pessoas. Minha mãe era inocente e uma grande mulher de Deus”, ressaltou. 

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Guilherme Pimentel destacou que a instituição está à disposição de toda a comunidade prejudicada com a operação no Complexo do Alemão. A Ouvidoria da DPRJ e demais entidades de Direitos Humanos estiveram no território e continuam atuando para apuração dos fatos.

“Estivemos atuando desde às 6h da manhã no dia da chacina, junto com as comissões de direitos humanos da Alerj e OAB-RJ. Fomos ao território acompanhado dos coletivos locais e, junto com a sociedade civil, temos cobrado controle efetivo das forças policiais, para que episódios como esses não se repitam”, afirmou o ouvidor.

Letícia Marinho foi baleada dentro do carro por policiais e chegou morta à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Alemão, segundo familiares. Ela era moradora do Recreio dos Bandeirantes, na zona Oeste da cidade, e tinha ido ajudar uma amiga pastora que atua numa igreja no bairro. Letícia deixou três filhos e três netos.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Jaqueline Deister