O ex-ministro da Ciência e Tecnologia e astronauta Marcos Pontes (PL) confirmou neste sábado (23) a pré-candidatura ao Senado por São Paulo.
"Quando um astronauta brasileiro chegou ao espaço, enchemos o Brasil de orgulho. E, no Senado, encheremos de novo! Missão aceita: sou pré-candidato a senador pelo estado de São Paulo!", escreveu Pontes no Twiiter.
Com a confirmação, Pontes desbanca outras opções de Bolsonaro para o Senado em São Paulo: a deputada federal Carla Zambelli (PL) e a deputada estadual Janaina Paschoal (PRTB).
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Mais cedo, o pré-candidato ao governo paulista Tarcísio de Freitas (Republicamos) já havia publicado que Pontes completaria o "time Jair Bolsonaro", no estado com o maior número de eleitores do país.
Pontes "vai alçar um novo voo. Será pré-candidato ao Senado Federal. Time Jair Bolsonaro completo", publicou Tarcísio. A postagem foi acompanhada de uma foto de Tarcísio e Pontes em frente à estátua do astronauta erguida em sua cidade natal, Bauru (SP).
Bom dia! Em Bauru, com @Astro_Pontes anuncio que nosso 1º astronauta, o menino de origem humilde, que acreditou em um sonho e levou a bandeira do Brasil onde ela ainda não tinha chegado, vai alçar um novo voo. Será pré-candidato ao Senado Federal. Time @jairbolsonaro completo! pic.twitter.com/pHFLAcIRRG
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) July 23, 2022
Mudança de rota
A confirmação da candidatura de Pontes ao Senado representa uma alteração de rota na estratégia eleitoral do presidente Jair Bolsonaro em São Paulo.
Em março, o astronauta havia confirmado a pré-candidatura à Câmara dos Deputados. "Uma decisão tomada em conjunto com os outros ministros e com o próprio presidente", segundo o astronauta afirmou, na época, à rádio Bandeirantes.
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Com passagens pelo DEM, PSB, PSL e PL, Marcos Pontes é engenheiro com formação militar e foi o primeiro astronauta sul-americano a ir ao espaço, levado por uma aeronave russa.
Em 2018, foi eleito segundo suplente ao Senado na chapa de Major Olímpio. Em 2019, virou ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações do presidente Jair Bolsonaro.
Controvérsias
A gestão de Marcos Pontes à frente do Ministério da Ciência, Tecnologias (MCTIC) foi taxada de autoritária e obscurantista. O então ministro atacou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) por divulgar dados sobre o aumento do desmatamento na Floresta Amazônica e demitiu o diretor do instituto, Ricardo Galvão, atendendo a pedido do presidente Jair Bolsonaro.
Além disso, Pontes foi responsável por cortes de bolsas de pesquisas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e foi criticado por negar a possibilidade de consulta prévia a comunidades quilombolas durante a entrega da Base de Alcântara para os EUA.
Edição: Vivian Virissimo