Julho é considerado um dos meses mais importantes para as mulheres negras no Brasil, nele comemoramos o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, e no Brasil também se comemora o Dia Nacional de Tereza de Benguela.
Batizado pelo Instituto Odara, o Julho das Pretas é o mês de referência, de partida, de união e renovação. A ação envolve um engajamento de agenda conjunta com organizações e movimentos de mulheres negras do Brasil onde o objetivo é promover atividades, encontros e diálogos para celebrar o legado de luta com vistas à garantia de direitos.
Este é um ano importante, pois há o resgate dos encontros presenciais, além da marca simbólica de 30 anos desde que o movimento de mulheres negras da América Latina e Caribe declarou o 25 de Julho como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha.
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A data e o mês simbolizam a potência que a mulher negra tem em mudar agendas e debates políticos, concentrando forças na emancipação e fortalecimento das mulheres.
Seguindo o tema Mulheres Negras no Poder, Construindo o Bem Viver, criamos uma ação onde mostramos o rosto e a voz das mulheres da organização para representar quem luta por uma sociedade mais justa e livre de todas as formas de preconceito, discriminação e violência.
Ecoar diante desta sociedade misógina, racista e de classe é resistir, e principalmente, como Cida Bento afirmou em live com a RMN-PR é mostrar que “nós, mulheres negras, somos a reserva moral deste país”.
A voz negra enaltecida ressignifica o presente e constrói o futuro, visibiliza cada filiada e promove a continuidade da Rede.
O 25 de julho é sinônimo de existência, existência negra e queremos que ela seja viva!
*Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.
Fonte: BdF Paraná
Edição: Pedro Carrano