O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) anunciou nesta quinta-feira (23) que o pedido de abertura da CPI do MEC já tem as 27 assinaturas necessárias, mas busca chegar a 30 adesões para evitar o assédio de governistas pela retirada de assinaturas. “Vamos perseguir outras assinaturas para dar a esse requerimento a robustez necessária para evitar eventuais abordagens da base do governo para retirada de assinaturas”, explicou.
O 27º senador a assinar o pedido foi Alexandre Luiz Giordano (MDB-SP). Rodrigues afirmou aguardar a adesão dos senadores Otto Alencar (PSD-BA), Marcelo Castro (MDB-PI) e Alcir Lucas (PSDB-DF). A previsão é que o pedido seja protocolado na mesa diretora do Senado na próxima terça-feira (28).
Rodrigues afirmou ainda não ter dúvida de que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), vai acolher o pedido. “Os três critérios constitucionais para a abertura de uma CPI, que são número de assinaturas, fato determinado e tempo de funcionamento, estão presentes. Estou seguro de que o senador Rodrigo Pacheco vai cumprir a Constituição”, disse.
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A composição da CPI ainda não foi negociada. Rodrigues afirmou que os participantes da comissão dependem de negociação política. Ele afirmou, ainda, que não decidiu se fará parte dos trabalhos. Ele será coordenador da campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP). “É totalmente incompatível exercer as duas funções [integrante da CPI e coordenador de campanha]. É uma escolha que terei que fazer”.
O prazo requerido para a investigação foi de 90 dias, mas Rodrigues afirmou que “60 dias resolvem essa CPI”. “Os fatos são muito claros. Basta que a Polícia Federal e o Ministério Público compartilhem as investigações com a CPI”, afirmou.
Mesmo com outras investigações em andamento, o senador defendeu a pertinência da instalação da Comissão. “Esse escândalo atinge altos escalões do Governo Federal, por isso essa é uma investigação que deve ser feita pelo Parlamento”, disse.
Edição: Rodrigo Durão Coelho