A presidenta nacional do PT Gleisi Hoffmann criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL), após ele defender a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras pelo aumento no preço dos combustíveis.
"Bolsonaro briga com a Petrobrás e com os minoritários que estão lucrando muito com aumento dos combustíveis como se ele não tivesse nada a ver com isso! Cara de pau, hipócrita. Ele apoiou desde início a política de preços da empresa. Não precisa CPI, basta coragem pra usar a caneta. Inútil", escreveu a parlamentar no Twitter.
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Em entrevista à CNN Brasil, Gleisi disse que a "política de preços é uma política de governo" e que Bolsonaro poderia convocar uma assembleia e reverter as medidas adotadas atualmente. De acordo com a presidenta do PT, Bolsonaro faz todo esse barulho porque quer um discurso para o governo e também criminalizar, expor a empresa, para depois facilitar a sua privatização.
Bolsonaro briga c/ a Petrobras e c/ os minoritários q estão lucrando muito c/ aumento dos combustíveis como se ele ñ tivesse nada a ver c/ isso! Cara de pau, hipócrita. Ele apoiou desde início a política de preços da empresa. Ñ precisa CPI, basta coragem pra usar a caneta. Inútil
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) June 19, 2022
Bolsonaro defendeu a abertura de uma CPI depois que a Petrobras anunciou um reajuste de 5,18% para o litro da gasolina e de 14,21% para o litro do diesel. Só em 2022, a gasolina vendida pela Petrobras acumula alta de 31%. Já o diesel, 68% de aumento.
Segundo a estatal, as altas estão relacionadas a impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia no valor do barril do petróleo. O reajuste da última sexta-feira (17) foi discutido numa reunião emergencial do conselho de administração da estatal, realizada na quinta-feira (16). O governo federal, sócio-controlador da Petrobras, tem seis dos 11 membros do conselho.
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Líder dos caminhoneiros: "País vai parar"
"O país vai parar". A ameaça é de Wallace Landim, o "Chorão", presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), que afirma que a categoria vê como "provável" uma greve após o anúncio de mais um aumento nos preços dos combustíveis pela Petrobras.
"A verdade é que, de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, o país vai parar novamente. Se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve é o mais provável", afirmou Chorão, em nota enviada à imprensa.
Edição: Nicolau Soares