Falta menos de uma semana para a decisão das eleições gerais na Colômbia e as pesquisas de opinião mostram um cenário apertado. Pela centro-esquerda, Gustavo Petro e Francia Márquez (Pacto Histórico) foram os mais votados no primeiro turno e podem fazer história como os primeiros governantes progressistas do país. Já Rodolfo Hernández e Marelen Castillo (Liga) unificaram a direita para buscar a presidência.
Várias pesquisas de opinião indicam empate técnico. A pesquisa da empresa Invamer aponta Hernández com 48,2% e Petro com 47,2% da preferência.
O estudo com 2 mil entrevistados, encomendado pelos sites BLU Radio, Noticias Caracol e El Espectador, foi realizado entre 3 e 7 de junho, com 2,9% de margem de erro.
Outro levantamento realizado pela empresa Guarumo, entre 6 e 9 de junho, com 2.029 entrevistas, aponta o candidato da direita com 48,2% dos votos, e o Pacto Histórico com 46,5% e 5,3% de votos em branco.
Já a pesquisa do canal RCN notícias, realizada com 1.234 pessoas, entre 5 e 10 de junho, indica 45% de intenção de votos para Petro, 35% para Hernández e 13% de votos em branco.
No primeiro turno, Gustavo Petro e Francia Márquez, obtiveram 40% da preferência, equivalente a cerca de 8,5 milhões de votos. Já Hernánez e Castillo fizeram 5,9 milhões de votos, representando 28%. A participação foi de 55% do eleitorado.
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Para analistas colombianos, se a participação se mantiver em torno de 50% do eleitorado, a presidência poder ser definida por uma diferença de 300 mil votos.
Ambas chapas encerraram as atividades de campanha no último sábado, como determina a legislação eleitoral colombiana. Tanto Petro como Hernández não realizaram grandes eventos abertos de encerramento.
O Pacto Histórico cancelou uma atividade de jogos tradicionais em família (boli-rana e tejo), no sul de Bogotá, e diluiu o encerramento em encontros menores em distintas localidades.
O chefe de campanha de Petro, Alfonso Prada, disse a meios locais, que a estratégia das últimas três semanas foi aproximar-se aos colombianos, "para escutá-los melhor" e fazer uma "política de aproximação".
A Liga Anticorrupção, de Hernández, também cancelou o encerramento de campanha, previsto para acontecer no parque Simón Bolívar, em Bogotá, alegando falta de segurança para o evento. Apoiadores do candidato da direita realizaram uma carreata na cidade com bandeiras nacionais e o faixas com o lema de campanha "não roubar, não mentir, não trair, zero impunidade".
Nesta última semana antes do pleito, só são permitidas atividades fechadas de campanha. A lei também impede a divulgação de novas pesquisas às vésperas do processo.
Edição: Thales Schmidt