Conforme anunciado pelo presidente da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), Leonidas Iza, a mobilização nacional contra o governo de Guillermo Lasso começou nas primeiras horas desta segunda-feira (13).
Durante a madrugada, foram confirmadas as primeiras manifestações em várias regiões do Equador, com o bloqueio da rodovia que liga as províncias de Pastaza e Napo pela comunidade indígena Kichwa.
A Conaie e outras organizações indígenas esperam que mais setores se unam à mobilização nacional, apesar das ameaças de repressão do governo equatoriano.
O líder da confederação indígena, Leonidas Iza, indicou que a medida de força contra o governo de Guillermo Lasso será nacional e indefinida Iza informou que eles exigem do governo a redução dos preços dos combustíveis, preços justos para produtos agrícolas, mais emprego e respeito aos direitos trabalhistas.
As organizações também pedem uma auditoria e uma reparação ambiental pelo impacto da mineração e extração de petróleo em seus territórios. Além disso, pedem que a educação intercultural bilíngue seja respeitada e que setores estratégicos do Estado não sejam privatizados.
Os manifestantes exigem um orçamento maior para os setores de educação, saúde, segurança e geração de políticas públicas para conter a onda de violência e crime organizado que assola o Equador.
Iza disse que as mobilizações serão territoriais e pacíficas, mas não está descartada a chegada das bases em Quito, e que a mobilização pressionará para o afastamento de Lasso no campo jurídico.
"Se o presidente decidir resolver imediatamente, ficaremos tranquilos. Mas se decidir não nos levar em conta, isto passará a outros níveis", alertou o líder indígena.
A Conaie convocou a mobilização depois de esgotadas as instâncias de diálogo em reuniões realizadas em 11 de junho, 4 de outubro e 10 de novembro de 2021.