Durante uma reunião de pré-campanha para debater propostas para o meio ambiente e a proteção da Amazônia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a gestão do governo de Bolsonaro na pasta do meio ambiente. Lula foi incisivo e afirmou que "não haverá concessões" a garimpeiros caso assuma a Presidência da República.
"Nesse negócio não tem meio termo. A gente tem que ter coragem de dizer: não haverá garimpo em terra indígena neste país. Se o garimpeiro falar 'Então não vou votar em vocês', não tem problema. As terras que forem demarcadas como áreas de proteção ambiental terão que ser respeitadas. Não vai ter concessão", disse.
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A reunião e declaração do candidato ao Planalto ocorrem às vésperas do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no dia 5 de junho. Lula ainda reiterou o papel do Estado na garantia da proteção dos biomas brasileiros e anunciou que irá desfazer as políticas ambientais do governo de Jair Bolsonaro, além de ter dito que instituições como Ibama, Conama e ICMBio, vão ter que "voltar a funcionar".
"Primeiro vamos ter que recuperar o patamar que a gente já teve. Essa questão de passar a boiada, vamos ter que revogar decreto, desfazer tudo o que eles fizeram e cuidar efetivamente com respeito das nações indígenas espalhadas pelo país."
"O Estado precisa assumir a responsabilidade. O Ministério do Meio Ambiente vai ter que ter mais gente, uma fiscalização mais forte, uma lei mais dura", defendeu.
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O ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi apontado por Lula como um "desmatador profissional" e elogiou os ministros da pasta em seus governos, Marina SIlva, Carlos Minc e Izabella Teixeira.
Edição: Vivian Virissimo