Colômbia

Cercados por escudos antibalas, Petro e Francia encerram campanha presidencial na Colômbia

Candidatos do Pacto Histórico fizeram comício final antes das eleições de 29 de maio

São Paulo (SP) |
Na esquerda, Gustavo Petro. Na direita, a candidata a vice Francia Márquez cercada por seguranças - Juan Barreto / AFP

A emblemática Praça Símon Bolívar, onde estão o Congresso da Nação e o Palácio de Justiça, foi palco do encerramento da campanha presidencial de Gustavo Petro e Francia Márquez, do Pacto Histórico. O ato em Bogotá no domingo (22) foi o último antes dos colombianos irem às urnas em uma eleição que pode eleger o primeiro governo progressista da história do país. A previsão, no entanto, é que o país deve passar por um segundo turno.

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Petro (37,9%) lidera as pesquisas e deve enfrentar no segundo turno Federico Gutiérrez (30,8%), embora o candidato Rodolfo Hernández (20,9%) também esteja crescendo nas pesquisas. Os dados são de levantamento da empresa Guarumo EcoAnalítica. 

Um possível segundo turno está previsto para 19 de junho.

Em sua fala no ato de encerramento da campanha, Petro criticou os bilionários colombianos e afirmou que o projeto deles é manter o povo dominado: “Nem como capitalistas podem ser classificados, pois até no capitalismo a força de trabalho é livre”, disse.

Em uma campanha atravessada pela violência, Petro chegou a suspender eventos de sua campanha por falta de segurança a e candidata à vice em sua chapa, Francia Márquez, relatou ter recebido ameaças de morte.


Comício de encerramento de campanha do Pacto Histórico / Twitter Gustavo Petro

Movimentos indígenas, de trabalhadores, da juventude, de mulheres e amplos setores da sociedade pintaram de várias cores o centro da capital para acompanhar o evento.

Diante da estátua de Simon Bolívar, libertador da América, Petro e Francia defenderam a criação de uma sociedade de direitos e liberdades, na qual a Constituição não seja apenas um amontoado de palavras em um livro.

Edição: Arturo Hartmann