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Durante evento em Berlim, Dilma critica Bolsonaro e política de sanções econômicas

A ex-presidenta defendeu a arrecadação do governo e o aumento da tributação do capital financeiro

Brasil de Fato |
A ex-presidente Dilma Rousseff participou de palestra por videoconferência com estudantes de universidade alemã - Foto: Roberto Stuckert Filho

Neste sábado (23), a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), participou do evento Brazil Summit Europe, organizado por alunos e ex-alunos brasileiros da Hertie School, escola pública alemã. Durante a palestra, Dilma se posicionou contra qualquer política de sanções econômicas, como por exemplo a que vem sendo aplicada na Rússia desde a invasão da Ucrânia. Ela afirmou que este tipo de punição não é eficaz e só causa "mortes, fome e miséria" .

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Ao falar contra a imposição de sanções econômicas, Dilma citou os exemplos de Cuba, que está sob embargo norte-americano há 60 anos, e da Venezuela, sancionada pelos Estados Unidos desde 2017.

"As sanções fazem parte da guerra, por outros meios. Essas sanções têm o potencial de remodelar a economia mundial, trazendo as cadeias globais de fornecedores para dentro dos países ou para mais próximo de cada uma das regiões", disse a ex-presidenta.

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No mesmo evento, em que participou de forma remota, Dilma também criticou Bolsonaro e afirmou que a eleição, sustentação no cargo e reeleição do atual presidente do Brasil são resultados de uma aliança entre o "neoliberalismo" e o "neofascismo". Além disso, ela reafirmou que seu impeachment, em 2016, foi um "golpe para atender aos neoliberais" e "retomar o projeto ultraconservador brasileiro".

A ex-presidenta encerrou sua palestra defendendo a arrecadação do governo e aumentando a tributação do capital financeiro e de plataformas digitais.

Edição: Daniel Lamir