O Tribunal de Magistrados de Westminster autorizou nesta quarta-feira (20) a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos. A decisão agora está nas mãos da ministra do Interior do Reino Unido, Priti Patel, que decide sobre as extradições britânicas, e a defesa de Assange ainda pode recorrer.
O Departamento de Justiça dos EUA usa o Ato de Espionagem de 1917, legislação aprovada durante a Primeira Guerra Mundial, para acusar Assange de participação na divulgação de documentos confidenciais. Se condenado, o fundador do WikiLeaks pode pegar até 175 anos na cadeia.
A acusação foi formulada durante o governo do então presidente republicano Donald Trump, mas continua com o democrata Joe Biden na Casa Branca.
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"Se Julian Assange for extraditado para os EUA, jornalistas de todo o mundo terão que olhar por cima dos ombros se estiverem publicando informações prejudiciais aos interesses dos EUA”, afirma Simon Crowther, conselheiro legal da ONG Anistia Internacional.
Agora, a defesa de Assange tem até 18 de maio para apresentar suas alegações para o Ministério do Interior do Reino Unido, além de ainda ter outros possíveis caminhos para tentar barrar a extradição do jornalista que revelou informações sobre crimes dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão.
Os documentos do WikiLeaks, que contam com informações classificadas sobre intervenções dos EUA e também telegramas diplomáticos, podem ser consultados neste link.
Edição: Arturo Hartmann