Há extamente um mês, em 24 de fevereiro, a Rússia deu início ao que chamou de operação militar especial na Ucrânia. O objetivo, segundo o presidente russo, Vladimir Putin, seria "desmilitarizar" e "desnazificar" o país vizinho, além de proteger a população do leste ucraniano, na região de Donbass, majoritariamente de origem russa. Na prática, a Rússia invadiu o país, tomando conta de mais de 80 instalações militares nas primeiras 24 horas.
O exército russo mantem um cerco à capital ucraniana, Kiev, e a zona quente do conflito agora é o sul do país, na cidade de Mariupol, onde está localizado um dos maiores portos que dão saída para o Mar de Azov. Foram realizadas pelo menos quatro rodadas de negociação entre representantes dos governos russo e ucraniano. Ambas as partes chegaram a alguns acordos bilaterais, como a abertura de oito corredores humanitários.
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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu que seu país não fará parte do Tratato do Atlântico Norte (Otan), mas não aceita a rendição.
A União Europeia, o Reino Unido e os Estados Unidos promoveram um pacote inédito de sanções contra a Rússia, fechando fronteiras, banindo os bancos russos do sistema financeiro internacional Swift, confiscando as reservas em dólares do banco central do país, fechando empresas transnacionais, banindo plataformas e redes sociais, e suspenderam a importação de combustível russo.
Nesta quinta-feira (24), os correspondentes do Brasil de Fato, Michele de Mello e Serguei Monin, conversam com o historiador Rodrigo Ianhez e com o internacionalista Vicente Ferraro sobre o primeiro mês de conflito entre Rússia e Ucrânia. Acompanhe ao vivo, a partir das 13h, pelos canais do BdF.
:: Artigo | Guerra na Ucrânia: contexto, motivos e, o mais importante, quem vai negociar a paz? ::
Edição: Rodrigo Durão Coelho