De passagem pelo México, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta terça-feira (1º), a cooperação entre os povos da América Latina em prol do equilíbrio e da paz.
Depois de ser recebido pelo chanceler mexicano Marcelo Erbard, o petista falou ao jornal mexicano La Jornada: “Precisamos trabalhar um mundo de cooperação, equilíbrio e paz, com instituições internacionais representativas e efetivas", declarou, sem citar diretamente o conflito entre Rússia e Ucrânia.
O aquecimento global, a pandemia e a desigualdade social, nas palavras de Lula, "exigem uma reforma profunda da governança global". "A América Latina tem que estar unida nesse esforço para um mundo que quer paz e não aguenta mais a guerra”, afirmou o ex-presidente.
Gracias meu amigo @m_ebrard pela recepção calorosa na minha chegada ao México. 🇲🇽 🇧🇷
— Lula (@LulaOficial) February 28, 2022
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Agenda internacional
A agenda internacional de Lula foi retomada nesta segunda (28), após ser interrompida pelo agravamento da pandemia de covid-19 em função da variante ômicron. O petista já esteve na Europa e na Argentina, onde se encontrou com lideranças políticas.
A agenda de Lula prossegue no México na terça-feira (2), quando se reunirá com o presidente Andrés Manuel López Obrador. O ex-presidente é acompanhado pela presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, pelo senador Humberto Costa (PT-PE), pelo ex-chanceler brasileiro Celso Amorim e pelo ex-ministro Aloizio Mercadante.
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Governar será mais difícil que se eleger, prevê Lula
Na entrevista, Lula foi questionado sobre a situação atual do Brasil e lamentou o aumento da pobreza e da fome. “Estou convencido de que o povo brasileiro se cansou dessa anomalia que estamos vivendo, e um democrata será eleito em 2022”, disse.
"Meu desafio é voltar [à Presidência], fazer melhor do que já fiz, com toda a experiência e aprendizado que tive ao longo dos anos", complementou o petista. O La Jornada destacou a ampla vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), apontada por pesquisas eleitorais.
Lula não descartou que opositores voltem a utilizar manobras antidemocráticas para interromper seu mandato. "A batalha para restaurar a democracia plena no Brasil será difícil, mas estou otimista. O desafio de governar e reconstruir o Brasil é maior do que vencer as eleições", assinalou.
Edição: Rodrigo Durão Coelho